TEXTOS
BÍBLICOS:
“Tendo, pois, ó amados, tais
promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito,
aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus” (II Coríntios 7:1).
“Por
isso, restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; e fazei caminhos
retos para os pés, para que não se extravie o que é manco; antes, seja curado.
Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá ao Senhor,
atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça
de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por
meio dela, muitos sejam contaminados; nem haja algum impuro ou profano, como
foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de progenitura” (Hebreus
12:12-16).
INTRODUÇÃO: O que é santificação? É
a obra da livre graça de Deus, pela qual somos renovados de todo o nosso ser,
segundo a imagem de Deus, habilitados a morrer cada vez mais para o pecado e a
viver para a retidão (Breve Catecismo – Pergunta 35).
I – A SANTIDADE COMEÇA EM MIM – SANTIFICAÇÃO
INDIVIDUAL
A vontade de Deus é que o crente utilize
todos os meios divinos para o desenvolvimento de sua santificação no Espírito,
pois foi para isso que Deus nos chamou do império das trevas e nos conduziu para
o reino do Seu Filho. O crente foi eleito para ser santo e obediente.
“Assim como nos escolheu, nEle, antes da
fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, perante Ele” (Efésios
1:4). “Eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito,
para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam
multiplicadas”(I Pedro 1:2).
Quando o pecador se converte, ele trás
consigo toda uma bagagem adquirida ao longo dos anos. Tudo o que fizer parte
dessa bagagem e que representar um obstáculo à santificação do crente, deve ser
abandonado e mortificado como parte do velho homem.
“Porque, se viverdes segundo a carne,
caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do
corpo, certamente, vivereis” (Romanos 8:13).
Meditemos na exortação da carta aos Hebreus
12:12-16 (acima transcrita), e procuremos nos exercitar na santificação.
II – A SANTIDADE É VIVIDA NA FAMÍLIA
Deus, referindo-se a Abraão, disse: “Porque
Eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois depois dele, a
fim de que guardem o caminho do Senhor e pratiquem a justiça e o juízo; para
que o Senhor faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito” (Gênesis
18:19).
Paulo, ensinando sobre a santificação
dentro do lar, assim se expressou: “É necessário, portanto, que o bispo seja
irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto,
hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém
cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a própria casa,
criando o filho sob disciplina, com todo o respeito. O diácono seja marido de
uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa” (I Timóteo 3:2-4,
12).
Há uma grande necessidade de se cultivar
dentro de nossos lares o Culto Doméstico, praticado desde os primórdios do povo
de Israel, e no início da Igreja Cristã.
“Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as
inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo
caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua
mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua
casa e nas tuas portas” (Deuteronômio 6:6-9). “Ensina a criança no caminho em
que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dEle” (Provérbios
22:6). “Pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento, a mesma que,
primeiramente, habitou em tua avó Loide e em tua mãe Eunice, e estou certo de
que também, em ti” (II Timóteo 1:5). “Tu, porém, permanece naquilo que
aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde
a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação
pela fé em Cristo Jesus” (II Timóteo 3:14-15).
III – A SANTIDADE SE REFLETE NA IGREJA
O que é a Igreja? Pedro a define: “Vós, porém, sois raça eleita,
sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de
proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das travas para a sua
maravilhosa luz” (I Pedro 2:9).
A santificação é decorrente da justificação e ambas são decorrentes da
Graça de Deus que se manifesta para a salvação do pecador. Ela é uma obra do
Espírito Santo na vida do crente,e Ele mesmo dá os meios para o desenvolvimento
da santificação. Esses meios são, basicamente, os seguintes:
A Palavra de Deus: “Toda a Escritura é
inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção,
para a educação na justiça” (II Timóteo 3:16). “Tendo purificado a vossa alma,
pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraterno não fingido,
amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente, pois fostes regenerados não
de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante à palavra de Deus, a
qual vive e é permanente. Pois, toda carne é como erva, e toda a sua glória ,
como a flor da erva; seca-se a erva e cai a sua flor; a palavra do Senhor,
porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada” (I
Pedro 1:22-25). “Agora, eles reconhecem que todas as coisas que me tens dado provêm
de ti; porque Eu lhes tenho transmitido as palavras que me deste, e eles as
receberam, e verdadeiramente conheceram que saí de Ti, e creram que Tu me
enviaste” (João 17:7-8).
Direção(Disciplina) Providencial: “Foi-me
bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os Teus decretos” (Salmo
119:71). “Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia;
Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes
da sua santidade” (Hebreus 12:10).
Oração: “Não andeis ansiosos de
coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas
petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Filipenses 4:6).
“Orai sem cessar” (I Tessalonicenses 5:17).
A Igreja é a grande família da fé. A sua santidade é decorrente da
vivência espiritual de cada família que a constitui. É nela que constatamos o
grau de santidade de cada lar; ela é um verdadeiro termômetro espiritual,
revelando a real situação de cada crente no seu desempenho dentro da Igreja.
IV – A SANTIDADE TRANSFORMA A SOCIEDADE
Jesus ensinou que o verdadeiro crente é
“sal da terra e luz do mundo” – “Vóis sois o sal da terra; ora, se o sal vier a
ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para,
lançado fora, ser pisado pelos homens. Vóis sois a luz do mundo. Não se pode
esconder a cidade edificada sobre um monte” (Mateus 5:13-14).
Se falharmos em nossa santificação, seremos inúteis em buscarmos uma
sociedade melhor – “O sal é certamente bom; caso, porém, se torne insípido,
como restaurar-lhe o sabor? Nem presta para a terra, nem mesmo para o monturo;
lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Lucas 14:34-35).
Os crentes da Igreja Primitiva, pelo seu bom testemunho, caíam na graça
de todo o povo – “Louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo.
Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”
(Atos 2:47).
Paulo afirmou que o crente é o bom perfume de Cristo, tanto dentro como
fora da Igreja – “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em
triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugara fragrância do seu
conhecimento. Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos
que são salvos como nos que se perdem. Para com estes, cheiro de morte para
morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente
para estas coisas? Porque nõs não estamos, como tantos outros, mercadejando a
palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com
sinceridade e da parte do próprio Deus” (II Coríntios 2:14-17).
No Livro de Atos lemos o registro de que os primitivos cristãos, pelo
seu testemunho, estavam colocando a Sociedade ou o mundo de cabeça para baixo –
“Porém, não os encontrando, arrastaram Jasom e alguns irmãos perante as
autoridades, clamando: Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui”
(Atos 17:6).
O próprio Jesus ensinou sobre a missão do crente no meio da sociedade,
como luz do mundo - “Assim brilhe também
a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e
glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:16).
E Ele, Jesus, deixou claro que o nosso exemplo de amor e comunhão será
responsável para que o mundo creia que Deus enviou o Seu Filho para salvá-lo
- “A fim de que todos sejam um; e como
és Tu, ó Pai, em mim e Eu em Ti, também sejam eles em nós; para que o mundo
creia que Tu me enviaste” (João 17:21).
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