TEXTO BÍBLICO:
“Levantai-vos, mulheres que viveis despreocupadamente, e ouvi a minha voz; vós,
filhas, que estais confiantes, inclinai os ouvidos às minhas palavras” (Isaías
32:9).
INTRODUÇÃO:
Inegavelmente, as mulheres cristãs tem sido responsáveis pelo crescimento e
estabilidade da igreja militante e triunfante de Cristo.
I – O QUE AFIRMA JESUS
SOBRE O PAPEL DA MULHER NO MEIO DE NOSSA SOCIEDADE: “Vós sois o sal da
terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada
mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz
do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende
uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a
todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos
homens, para que vejas as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está
nos céus” (Mateus 5:13-14).
Em nosso país, as estatísticas mostram que os crentes evangélicos já
somam mais de 30 milhões de adeptos. Todavia, estas mesmas estatísticas revelam
que o crime, a violência e a corrupção atingem índices assustadores,
agravando-se ao perpassar dos anos. E o que está acontecendo com o sal e a luz
representados nestes mais de 30 milhões de evangélicos?
“Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho
do Homem, achará porventura fé na terra?” (Lucas 18:8).
II – EXEMPLOS DE MULHERES
TEMENTES A DEUS:
a) NO VELHO TESTAMENTO:
- ANA: Mulher de Elcana, mãe de Samuel. “Houve um homem de
Ramataim-Zofim, da região montanhosa de Efraim, cujo nome era Elcana, filho de
Eliú, filho de Toú, filho de Zufe, efraimita. Tinha ele duas mulheres: uma se
chamava Ana, e a outra, Penina; Penina tinha filhos: Ana, porém, não os tinha. Este
homem subia da sua cidade de ano em ano a adorar e sacrificar ao Senhor dos
Exércitos, em Siló. Estavam ali os dois filhos de Eli, Hofni e Fineias, como
sacerdotes do Senhor. No dia em que Elcana oferecia o seu sacrifício, dava ele
porções deste a Penina, sua mulher, e a todos os seus filhos e filhas. A Ana,
porém, dava porção dupla, porque ele a amava, ainda mesmo que o Senhor a
houvesse deixado estéril. (A sua rival a provocava excessivamente para a
irritar, porquanto o Senhor lhe havia cerrado a madre.) E assim o fazia ele de
ano em ano; e, todas as vezes que Ana subia à Casa do Senhor, a outra a
irritava; pelo que chorava e não comia. Então, Elcana, seu marido, lhe disse:
Ana, por que choras? E por que não comes? E por que estás de coração triste?
Não te sou eu melhor do que dez filhos? Após terem comido e bebido em Siló,
estando Eli, o sacerdote, assentado numa cadeira, junto a um pilar do templo do
Senhor, levantou-se Ana, e, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou
abundantemente. E fez um voto, dizendo: Senhor dos Exércitos, se benignamente
atentares para a aflição de tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te
não esqueceres, e lhes deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os
dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha. Demorando-se ela no
orar perante o Senhor, passou Eli a observar-lhe o movimento dos lábios,
porquanto Ana só no coração falava; seus lábio se moviam, porém não se lhe
ouvia voz nenhuma; por isso, Eli a teve por embriagada e lhe disse: Até quando
estarás tu embriagada? Aparta de ti esse vinho! Porém Ana respondeu: Não,
senhor meu! Eu sou mulher atribulada de espírito; não bebi nem vinho nem bebida
forte; porém venho derramando a minha alma perante o Senhor. Não tenhas, pois,
a tua serva por filha de Belial; porque pelo excesso da minha ansiedade e da
minha aflição é que tenho falado até agora. Então, lhe respondeu Eli: Vai-te em
paz, e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste. Assim, a mulher
se foi seu caminho e comeu, e o seu semblante já não era triste. Levantaram-se
de madrugada, e adoraram perante o Senhor, e voltaram, e chegaram a sua casa, a
Ramá. Elcana coabitou com Ana, sua mulher, e, lembrando-se dela o Senhor, ela
concebeu e, passado o devido tempo, teve um filho, a que chamou Samuel, pois
dizia: Do Senhor o pedi! Subiu Elcana, seu marido, com toda a sua casa, a
oferecer ao Senhor o sacrifício anual e a cumprir o seu voto. Ana, porém, não
subiu e disse a seu marido: Quando for o menino desmamado, levá-lo-ei para ser
apresentado perante o Senhor e para ficar lá para sempre. Respondeu-lhe Elcana,
seu marido: Faze o que melhor te agrade; fica até que o desmames; tão somente
confirme o Senhor a sua palavra. Assim, ficou a mulher e criou o filho ao
peito, até que o desmamou. Havendo-o desmamado, levou-o consigo, com um novilho
de três anos, um efa (22 kg ou litros)
de farinha e um odre (recipiente com
aproximadamente 5 litros) de vinho, e o apresentou à Casa do Senhor, a
Siló. Era o menino ainda muito criança. Imolaram o novilho e trouxeram o menino
a Eli. E disse ela: Ah! Meu Senhor, tão certo como vives, eu sou aquela mulher
que aqui esteve contigo, orando ao Senhor. Por este menino orava eu; e o Senhor
me concedeu a petição que eu lhe fizera. Pelo que também o trago como devolvido
ao Senhor, por todos os dias que viver; pois do Senhor o pedi. E eles adoraram
ali o Senhor” (I Samuel 1:1-28).
- DÉBORA: Profetiza e Juíza em Israel, mulher de Lapidote. “Meu
coração se inclina para os comandantes de Israel que, voluntariamente, se
ofereceram entre o povo; bendizei ao Senhor” (Juízes 5:9).
- RUTE: Mulher temente a Deus. “Nos dias em que julgavam os
juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a habitar na
terra de Moabe, com sua mulher e seus dois filhos. Este homem se chamava
Elimeleque, e sua mulher, Noemi; os filhos se chamavam Malom e Quiliom,
efrateus, de Belém de Judá; vieram à terra de Moabe e ficaram ali. Morreu
Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com seus dois filhos, os quais casaram
com mulheres moabitas; era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e
ficaram ali quase dez anos. Morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando,
assim, a mulher desamparada de seus dois filhos e de seu marido. Então, se
dispôs ela com as suas noras e voltou da terra de Moabe, porquanto, nesta,
ouviu que o Senhor se lembrara do seu povo, dando-lhe pão. Saiu, pois, ela com
suas duas noras do lugar onde estivera; e, indo elas caminhando, de volta para
a terra de Judá, disse-lhes Noemi: Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe; e o
Senhor use convosco de benevolência, como vós usastes com os que morreram e
comigo. O Senhor vos dê que sejais felizes, cada uma em casa de seu marido. E
beijo-as. Elas, porém, choraram em alta voz e lhe disseram: Não! Iremos contigo
ao teu povo. Porém Noemi disse: Voltai, minhas filhas! Por que iríeis comigo?
Tenho eu ainda no ventre filhos, para que vos sejam por maridos? Tornai, filhas
minhas! Ide-vos embora, porque sou velha demais para ter marido. Ainda quando
eu dissesse: tenho esperança ou ainda que esta noite tivesse marido e houvesse
filhos, esperá-lo-íeis até que viessem a ser grandes? Abster-vos-íeis de
tomardes marido? Não, filhas minhas” Porque, por vossa causa, a mim me amarga o
ter o Senhor descarregado contra mim a sua mão. Então, de novo, choraram em voz
alta; Orfa, com um beijo, se despediu de sua sogra, porém Rute se apegou a ela.
Disse Noemi: Eis que tua cunhada voltou ao seu povo e aos seus deuses; também
tu, volta após a tua cunhada. Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe
e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde
quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu
Deus” (Rute 1:1-16).
- ESTER: Heroína de Israel. “Vai, ajunta a todos os judeus que se
acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais, nem bebais por três dias, nem
de noite nem de dia; eu e as minhas servas também jejuaremos. Depois, irei ter
com o rei, ainda que é contra a lei; se perecer, pereci” (Ester 4:16).
b) NO NOVO TESTAMENTO:
- ANA: “Havia uma profetiza, chamada Ana, filha de Fanuel, da
tribo de Aser, avançada em dias, que vivera com seu marido sete anos desde que
se casara e que era viúva de oitenta e quatro anos. Esta não deixava o templo,
mas adorava noite e dia em jejuns e orações. E, chegando naquela hora, dava
graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção
de Jerusalém” (Lucas 2:36-38)
- DORCAS: Costureira e filantrópica. “Havia em Jope uma discípula
por nome Tabita, nome este que, traduzido, quer dizer Dorcas; era ela notável
pelas boas obras e esmolas que fazia. Ora, aconteceu, naqueles dias, que ela
adoeceu e veio a morrer; e, depois de a lavarem, puseram-na no cenáculo. Como
Lida era perto de Jope, ouvindo os discípulos que Pedro estava ali, enviaram-lhe
dois homens que lhe pedissem: Não demores em vir ter conosco. Pedro atendeu e foi com eles. Tendo
chegado, conduziram-no para o cenáculo; e todas as viúvas o cercaram,
chorando-lhe e mostrando-lhe túnicas e vestidos que Dorcas fizera enquanto
estava com elas. Mas Pedro, tendo feito sair a todos, pondo-se de joelhos,
orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te! Ela abriu os
olhos e, vendo a Pedro, sentou-se. Ele, dando-lhe a mão, levantou-a; e,
chamando os santos, especialmente as viúvas, apresentou-a viva” (Atos 9:36-41).
- PRISCILA (PRISCA): Evangelista e missionária. “Saudai Priscila
e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida
arriscaram a sua própria cabeça; e isto lhes agradeço, não somente eu, mas
também todas as igrejas dos gentios; saudai igualmente a igreja que se reúne na
casa deles” (Romanos 16:13).
- FEBE: “Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está servido à
Igreja de Cencreia, para que a recebais no Senhor, como convém aos santos e a
ajudeis em tudo que de vós vier a precisar; porque tem sido protetora de muitos
e de mim inclusive” (Romanos 16:1-2).
III – MULHERES QUE SERVIRAM
A JESUS EM SEU MINISTÉRIO:
a) A sogra de Pedro. “Tendo Jesus chegado à casa
de Pedro, viu a sogra deste acamada e ardendo em febre. Mas Jesus tomou-a pela
mão, e a febre a deixou. Ela se levantou e passou a servi-lo” (Mateus 8:14-15).
b) Marta e Maria, de Betânia. “Indo eles de
caminho, entrou Jesus num povoado. E certa mulher, chamada Marta, hospedou-o na
sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada aos
pés do Senhor ao ouvir-lhe os ensinamentos. Marta agitava-se de um lado para
outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse:
Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir,
sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me. Respondeu-lhe o Senhor: Marta!
Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é
necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não
lhe será tirada” (Lucas 10:38-42).
c) Maria Madalena, Joana, Suzana, e outras. “Aconteceu,
depois disto, que andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia,
pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus, e os doze iam com ele, e
também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de
enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana,
mulher de Cuza, procurador de Herodes, Suzana e muitas outras, as quais lhes
prestavam assistência com os seus bens” (Lucas 8:1-3).
CONCLUSÃO: “Porque cada uma será salgado com fogo. Bom é o sal; mas, se o sal
vier a tornar-se insípido, como lhe restaurar o sabor? Tende sal em vós mesmos
e paz uns com os outros” (Marcos 9:49-50).
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