TEXTO BÍBLICO: “Dizendo:
Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas” (Salmo 105:15).
INTRODUÇÃO: O óleo era
empregado:
1. UNGIA OS CABELOS: “É como o óleo precioso sobre a cabeça, o
qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes”
(Salmo 133:2).
2. COMO REMÉDIO: “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes
façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor” (Tiago 5:14).
3. USADO EM CANDEIAS: “No entanto, as prudentes, além das lâmpadas,
levaram azeite nas vasilhas” (Mateus 25:4).
4. UNÇÃO DOS HÓSPEDES: “Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta,
com bálsamo, ungiu os meus pés” (Lucas 7:46).
5. EM CARÁTER RELIGIOSO: Consagração dos profetas, sacerdotes e reis -
“A Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei sobre Israel e também Eliseu, filho de
Safate, de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar” (I Reis 19:16); “Por-lhe-ás
a mirra na cabeça e sobre a mitra, a coroa sagrada. Então, tomarás o óleo da
unção e lho derramarás sobre a cabeça; assim o ungirás” (Êxodo 29:6-7); e “Então
desceu Zadoque, o sacerdote, e Natã, o profeta, e Benaia, filho de Joiada, e a
guarda real, fizeram montar Salomão a mula que era do rei Davi e o levaram a
Giom. Zadoque, o sacerdote, tomou do tabernáculo o chifre do azeite e ungiu a
Salomão; tocaram a trombeta, e todo o povo exclamou: Viva o rei Salomão!”(I
Reis 1:38-39).
A esses homens investidos dessas altas funções,
foi dado o título de UNGIDOS DO SENHOR.
I – LADO NEGATIVO: “Dizendo:
Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas” (Salmo 105:15).
a) MIRIÃ E ARÃO: Conspiração em Hazerote – resultado trágico. “Falaram Miriã e Arão
contra Moisés, por causa da mulher cusita que tomara; pois tinha tomado a
mulher cusita {natural de Cus [Etiópia] ou Cuxe (Península Arábica]}. E
disseram: Porventura, tem falado o Senhor somente por Moisés? Não tem falado
também por nós? O Senhor o ouviu. Era o varão Moisés mui manso, mais do que
todos os homens que havia sobre a terra. Logo o Senhor disse a Moisés, e a Arão
e a Miriã: Vós três, saí à tenda da congregação. E saíram eles três. Então, o
Senhor desceu na coluna de nuvem e se pôs à porte da tenda; depois, chamou a
Arão e a Miriã, e eles se apresentaram. Então, disse: Ouvi, agora, as minhas
palavras; se entre vós há profeta, Eu, o Senhor, em visão a ele, me faço
conhecer ou falo com ele em sonhos. Não é assim com o meu servo Moisés, que é
fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente e não por
enigmas; pois ele vê a forma do Senhor; como, pois, não temestes falar contra o
meu servo, contra Moisés? E a ira do Senhor contra eles se acendeu; e
retirou-se. A nuvem afastou-sede sobre a tenda; e eis que Miriã achou-se
leprosa, branca como neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que estava leprosa.
Então, disse Arão a Moisés: Ai! Senhor meu, não ponhas, te rogo, sobre nós este
pecado, pois loucamente procedemos e pecamos” (Números 12:1-10).
b) CORÉ, DATÃ E ABIRÃO: “Coré, filho de Isar, filho de Coate, filho
de Levi, tomou consigo a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe, e a Om, filho de
Pelete, filhos de Rubem. Levantaram-se perante Moisés com duzentos e cinqüenta
homens dos filhos de Israel, príncipes da congregação, eleitos por ela, varões
de renome, e se ajuntaram contra Moisés e contra Arão e lhes disseram: Basta!
Pois que toda a congregação é santa, cada um deles é santo, e o Senhor está no
meio deles; por que, pois, vos exaltais sobre a congregação do Senhor? Tendo
ouvido isto, Moisés caiu sobre o seu rosto. E falou a Coré e a todo o seu
grupo, dizendo: Amanhã pela manhã, o Senhor fará saber quem é dele e quem é o
santo que Ele fará chegar a si; aquele a quem escolher fará chegar a si. Fazei
isto: tomai vós incensários, Coré e todo o seu grupo; e, pondo fogo neles
amanhã, sobre eles deitai incenso perante o Senhor; e será que o homem a quem o
Senhor escolher, este será o santo; basta-vos, filhos de Levi. Disse mais
Moisés a Coré: Ouvi agora, filhos de Levi: acaso é para vós outros coisa de somenos
[irrelevante] que o Deus de Israel vos separou da congregação de Israel, para
vos fazer chegar a si, a fim de cumprirdes o serviço do tabernáculo do Senhor e
estardes perante a congregação para ministrar-lhe; e te fez chegar, Coré, e
todos os teus irmãos, os filhos de Levi, contigo? Ainda também procurais o
sacerdócio? Pelo que tu e todo o teu grupo juntos estais contra o Senhor; e
Arão, que é ele para que murmureis contra ele? Mandou Moisés chamar a Datã e a
Abirão, filhos de Eliabe; porém eles disseram: Não subiremos; porventura, é
coisa de somenos que nos fizeste subir de uma terra que mana leite e mel, para
fazer-nos morrer neste deserto, senão que também queres fazer-te príncipe sobre
nós? Nem tampouco nos trouxeste a uma terra que mana leite e mel, nem nos
destes campos e vinhas em herança; pensas que lançarás pó aos olhos destes
homens? Pois não subiremos. Então Moisés irou-se muito e disse ao Senhor: Não
atentes para a sua oferta; nem um só jumento levei deles e a nenhum deles fiz
mal. Disse mais Moisés a Coré: Tu e todo o teu grupo, pode-vos perante o
Senhor, tu, e eles, e Arão, amanhã. Tomai cada um o seu incensário e neles
ponde incenso; trazei-o, cada um o seu, perante o Senhor, duzentos e cinqüenta
incensários; também tu e Arão, cada qual o seu. Tomaram, pois, cada qual o seu
incensário, neles puseram fogo, sobre eles deitaram incenso e se puseram
perante a porta da tenda da congregação com Moisés e Arão. Coré fez ajuntar
contra eles todo o povo à porta da tenda da congregação; então, a glória do
Senhor apareceu a toda a congregação. Disse o Senhor a Moisés e a Arão:
Apartai-vos do meio desta congregação, e os consumirei num momento. Mas eles se
prostraram sobre o seu rosto e disseram: Ó Deus, Autor e Conservador de toda a
vida, acaso, por pecar um só homem, indignar-te-ás contra toda esta congregação?
Respondeu o Senhor a Moisés: Fala a toda esta congregação, dizendo:
Levantai-vos do redor da habitação de Coré, Datã e Abirão. Então, se levantou
Moisés e foi a Datã e a Abirão; e após ele foram os anciãos de Israel. E disse
à congregação: Desviai-vos, peço-vos, das tendas destes homens perversos e não
toqueis nada do que é seu, para que não sejais arrebatados em todos os seus
pecados. Levantaram-se, pois, do redor da habitação de Coré, Datã e Abirão; e
Datã e Abirão saíram e se puseram à porta da sua tenda, juntamente com suas
mulheres, seus filhos e suas crianças. Então, disse Moisés: Nisto conhecereis
que o Senhor me enviou a realizar todas estas obras, que não procedem de mim
mesmo: se morrerem estes como todos os homens morrem e se forem visitados por
qualquer castigo como se dá com todos os homens, então, não sou enviado do
Senhor. Mas, se o Senhor criar alguma coisa inaudita [espantosa,
extraordinária], e a terra abrir a sua boca e os tragar com tudo o que é seu, e
vivos descerem ao abismo, então, conhecereis que estes homens desprezaram o
Senhor. E aconteceu que, acabando ele de falar todas estas palavras, a terra
debaixo deles se fendeu, abriu a sua boca e os tragou com as suas casas, como
também todos os homens que pertenciam a Coré e todos os seus bens. Eles e todos
os que lhes pertenciam desceram vivos ao abismo; a terra os cobriu, e pereceram
do meio da congregação. Todo o Israel que estava ao redor deles fugiu do seu
grito, porque diziam: Não suceda que a terra nos trague a nós também. Procedente
do Senhor saiu fogo e consumiu os duzentos e cinqüenta homens que ofereciam o
incenso.” (Números 16:1-35).
c) SAUL E OS 80 SACERDOTES DO SENHOR: A recusa pelos soldados de obedecer a sua
ordem de matança (Doegue, idumeu, chefe dos pastores de Saul, em Nobe, local da
tragédia) - “Disse o rei aos da guarda, que estavam com ele: Volvei e matai os
sacerdotes do Senhor, porque também estão de mãos dadas com Davi e porque
souberam que fugiu e não mo fizeram saber. Porém os servos do rei não quiseram
estender as mãos contra os sacerdotes do Senhor. Então, disse o rei a Doegue:
Volve-te e arremete contra os sacerdotes. Então, se virou Doegue, o edomita, e
arremeteu contra os sacerdotes, e matou, naquele dia, oitenta e cinco homens
que vestiam estola sacerdotal de linho. Também a Nobe, cidade destes
sacerdotes, passou a fio de espada: homens, e mulheres, e meninos, e crianças
de peito, e bois, e jumentos, e ovelhas.” (I Samuel 22:17-19). RESULTADO: Deus
o abandonou. “Tendo-se retirado de Saul o Espírito do Senhor, da parte
deste um espírito maligno o atormentava” (I Samuel 16:14). “Consultou Saul ao
Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por
profetas” (I Samuel 28:6). “Entretanto, os filisteus pelejaram contra Israel,
e, tendo os homens de Israel fugido de diante dos filisteus, caíram feridos no
monte Gilboa. Os filisteus apertaram com Saul e seus filhos e mataram Jônatas,
Abinadabe e Malquisua, filhos de Saul. Agravou-se a peleja contra Saul; os
flecheiros o avistaram, e ele muito os temeu. Então, disse Saul ao seu
escudeiro: Arranca a tua espada e atravessa-me com ela, para que, porventura,
não venham estes incircuncisos, e me traspassem, e escarneçam de mim. Porém o
seu escudeiro não o quis, porque temia muito; então, Saul tomou da espada e se
lançou sobre ela. Vendo, pois, o seu escudeiro que Saul já era morto, também
ele se lanço sobre a sua espada e morreu com ele. Morreu, pois, Saul, e seus
três filhos, e o seu escudeiro, e também todos os seus homens foram mortos
naquele dia com ele. Vendo os homens de Israel que estavam desta banda do vale
e daquém do Jordão que os homens de Israel fugiram e que Saul e seus filhos
estavam mortos, desampararam as cidades e fugiram; e vieram os filisteus e
habitaram nelas” (I Samuel 31:1-7).
d) DAVID: Duas vezes teve ocasião de matar a Saul, mas não o fez – “Vieram,
pois, Davi e Abisai, de noite, ao povo, e eis que Saul estava deitado, dormindo
no acampamento, e a sua lança, fincada na terra à sua cabeceira; Abner e o povo
estavam deitados ao redor dele. Então, disse Abisai a Davi: Deus te entregou,
hoje, nas mãos o teu inimigo; deixa-me, pois, agora, encravá-lo com a lança, ao
chão, de um só golpe; não será preciso segundo. Davi, porém, respondeu a
Abisai: Não o mates, pois quem haverá que estenda a mão contra o ungido do
Senhor e fique inocente? Acrescentou Davi: Tão certo como vive o Senhor, este o
ferirá, ou o seu dia chegará em que morra, ou em que, descendo à batalha, seja
morto. O Senhor me guarde de que eu estenda a mão contra o seu ungido; agora,
porém, toma a lança que está à sua cabeça e a bilha [vaso de cerâmica]
de água, e vamo-nos.” (I Samuel 26:7-11).
e) JEREBOÃO E O PROFETA DO SENHOR: Jereboão quis pegar o profeta, mas a sua mão
se secou – “Eis que, por ordem do Senhor, veio de Judá a Betel um home de Deus;
e Jereboão estava junto ao altar, para queimar incenso. Clamou o profeta contra
o altar, por ordem do senhor, e disse: Altar! altar! Assim diz o Senhor: Eis
que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre
ti incenso, e ossos humanos se queimarão sobre ti. Deu, naquele mesmo dia, um
sinal, dizendo: Este é o sinal de que o Senhor falou: Eis que o altar se
fenderá, e se derramará a cinza que há sobre ele. Tendo o rei ouvido as
palavras do home de Deus, que clamara contra o altar de Betel, Jereboão
estendeu a mão sobre o altar, dizendo: Prendei-o. Mas a mão que estendera
contra o homem de Deus secou, e não podia recolher. O altar se fendeu, e a
cinza se derramou do altar, segundo o sinal que o homem de Deus apontara por
ordem do Senhor” (I Reis 13:1-5).
f) ACABE, JEZABEL E ELIAS: O rei foi morto – “Subiram o rei de Israel e
Josafá, rei de Judá, a Ramote-Gileade. Disse o rei de Israel a Josafá: Eu me
disfarçarei e entrarei na peleja; tu, porém, traja as tuas vestes.
Disfarçou-se, pois, o rei de Israel e entrou na peleja. Ora, o rei da Síria
dera ordem aos trinta e dois capitães dos seus carros, dizendo: Não pelejareis
nem contra pequeno nem contra grande, mas somente contra o rei de Israel. Vendo
os capitães dos carros de Josafá, disseram: Certamente, este é o rei de Israel.
E a ele se dirigiram para o atacar. Porém Josafá gritou. Vendo os capitães dos
carros que não era o rei de Israel, deixaram de o perseguir. Então, um homem
entesou o arco e, atirando ao acaso, feriu o rei de Israel por entre as juntas
da sua armadura; então, disse este ao seu cocheiro: Vira e leva-me para fora do
combate, porque estou gravemente ferido. A peleja tornou-se renhida naquele
dia; quanto ao rei, seguraram-no de pé no carro defronte dos siros, mas à tarde
morreu. O sangue corria da ferida para o fundo do carro. Ao por do sol, fez-se
ouvir um pregão [grito] pelo exército, que dizia: Cada um para a sua
cidade, e cada um para a sua terra! Morto o rei, levaram-no a Samaria, onde o
sepultaram. Quando lavaram o carro junto ao açude de Samaria, os cães lamberam
o sangue do rei, segundo a palavra que o Senhor tinha dito; as prostitutas
banharam-se nestas águas” (I Reis 22:29-38); e sua rainha, despedaçada pelos
cães – “Tendo Jeú chegado a Jezreel, Jezabel o soube; então, se pintou em volta
dos olhos, enfeitou a cabeça e olhou pela janela. Ao entrar Jeú pelo portão do
palácio, disse ela: Teve paz Zinri, que matou a seu Senhor? Levantou ele o
rosto para a janela e disse: Quem é comigo? Quem? E dois ou três eunucos
olharam para ele. Então, disse ele: Lançai-a daí a baixo. Lançaram-na abaixo; e
foram salpicados com o seu sangue a parede e os cavalos, e Jeú a atropelou.
Entrando ele e havendo comido e bebido, disse: Olhai por aquela maldita e
sepultai-a, porque é filha de rei. Foram
para a sepultar; porém não acharam dela senão a caveira, os pés e as palmas das
mãos. Então, voltaram e lho fizeram saber. Ele disse: Esta é a palavra do
Senhor, que falou por intermédio de Elias, o tesbita [de Tisbé, na região de
Gileade], seu servo, dizendo: No campo de Jezreel, os cães comerão a carne de
Jezabel. O cadáver de Jezabel será como esterco sobre o campo da herdade
[fazenda] de Jezreel, de maneira que já não dirão: Esta é Jezabel.” (II Reis
9:30-37). “Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10:31).
g) OS MENINOS E ELISEU: No caminho de Betel – “Então, subiu dali a
Betel; e, indo ele pelo caminho, uns rapazinhos saíram da cidade, e zombavam
dele, e diziam-lhe: Sobre, calvo! Virando-se ele para trás, viu-os e os
amaldiçoou em nome do Senhor; então, duas ursas saíram do bosque e despedaçaram
quarenta e dois deles” (II Reis 2:23-24).
II – LADO POSITIVO:
a) O PROFETA ELIAS E A VIÚVA DE SAREPTA: “Então, lhe veio a palavra do Senhor,
dizendo: Dispõe-te, e vai a Sarepta, que pertence a Sidom, e demora-te ali,
aonde ordenei a uma mulher viúva que te dê comida. Então, ele se levantou e se
foi a Sarepta; chegando à porta da cidade, estava ali uma mulher viúva
apanhando lenha; ele a chamou e lhe disse: Traze-me, peço-te, uma vasilha de
água para eu beber. Indo ela a buscá-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me
também um bocado de pão na tua mão. Porém ela respondeu: Tão certo como vive o
Senhor, teu Deus, nada tenho cozido; há somente um punhado de farinha numa panela
e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou
preparar este resto de comida para mim e para meu filho; comê-lo-emos e
morreremos. Elias lhe disse: Não temas; vai e faze o que disseste; mas primeiro
faze dele para mim um bolo pequeno e traze-mo aqui fora; depois, farás para ti
mesma e para teu filho. Porque assim diz o Senhor, o Deus de Israel: A farinha
da tua panela não se acabará, e o azeite da tua botija não faltará, até ao dia
em que o Senhor fizer chover sobre a terra. Foi ela e fez segundo a palavra de
Elias; assim, comeram ele, ela e a sua casa muitos dias. Da panela a farinha
não se acabou, e da botija o azeite não faltou, segundo a palavra do Senhor,
por intermédio de Elias. Depois disto, adoeceu o filho da mulher, da dona da
casa, e a sua doença se agravou tanto, que ele morreu. Então, disse ela a
Elias: Que fiz eu, ó homem de Deus? Vieste a mim para trazeres à memória a
minha iniqüidade e matares o meu filho? Ele lhe disse: Dá-me o teu filho;
tomou-o dos braços dela, e o levou para cima, ao quarto, onde ela mesmo se
hospedava, e o deitou em sua cama; então clamou ao Senhor e disse: Ó Senhor,
meu Deus, também até a esta viúva, com quem me hospedo, afligiste, matando-lhe
o filho? E, estendendo três vezes sobre o menino, clamou ao Senhor e disse: Ó
Senhor, meu Deus, rogo-te que faças a alma deste menino tornar a entrar nele. O
Senhor atendeu á voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e
reviveu. Elias tomou o menino, e o trouxe do quarto a casa, e o deu a sua mãe,
e lhe disse: Vê, teu filho vive. Então, a mulher disse a Elias: Nisto conheço
agora que tu és homem de Deus e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade”
(I Reis 17:8-24).
b) O CASAL SEM FILHOS EM SUNÉM E O PROFETA ELISEU: “Certo dia, passou Eliseu por Suném, onde se
achava uma mulher rica, a qual o constrangeu a comer pão. Daí, todas as vezes
que passava por lá, entrava para comer. Ela disse a seu marido: Vejo que este
que passa sempre por nós é santo homem de Deus. Façamos-lhe, pois, em cima, um
pequeno quarto, obra de pedreiro, e ponhamos-lhe nele uma cama, uma mesa, uma
cadeira e um candeeiro; quando ele vier à nossa casa, retirar-se-á para ali. Um
dia, vindo ele para ali, retirou-se para o quarto e se deitou. Então, disse ao
seu moço Geazi: Chama esta sunamita. Chamando-a ele, ela se pôs diante do
profeta. Este dissera ao seu moço: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com
muita abnegação; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale
ao teu favor ao rei ou ao comandante do exército? Ela respondeu: Habito no meio
do meu povo. Então, disse o profeta: Que se há de fazer por ela? Geazi
respondeu: Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho. Disse Eliseu: Chama-a.
Chamando-a ele, ela se pôs à porta. Disse-lhe o profeta: Por este tempo, daqui
a um ano, abraçarás um filho. Ela disse: Não, meu Senhor, homem de Deus, não
mintas à tua serva. Concebeu a mulher e deu à luz um filho, no tempo
determinado, quando fez um ano, segundo Eliseu lhe dissera” (II Reis 4:8-17).
c) JEREMIAS EM JERUSALÉM E O ETÍOPE: “Ouviu, pois, Sefatias, filho de Matã, e
Gedalias, filho de Pasur, e Jucal, filho de Selemias, e Pasur, filho de
Malquias, as palavras que Jeremias anunciava a todo o povo dizendo: Assim diz o
Senhor: O que ficar nesta cidade morrerá à espada, à fome e de peste; mas o que
passar para os caldeus viverá; porque a vida lhe será como despojo, e viverá.
Assim diz o Senhor: Esta cidade infalivelmente será entregue nas mãos do
exército do rei da Babilônia, e este a tomará. Disseram os príncipes ao rei: Morra
este homem, visto que ele, dizendo assim estas palavras, afrouxa as mãos dos
homens de guerra que restam nesta cidade e as mãos de todo povo; porque este
homem não procura o bem-estar para o povo e sim o mal. Disse o rei Zedequias:
Eis que ele está em vossas mãos; pois o rei nada pode contra vós outros.
Tomaram, então, a Jeremias e o lançaram na cisterna de Malquias, filho do rei,
que estava no átrio da guarda; desceram a Jeremias com cordas. Na cisterna não
havia água, senão lama; e Jeremias se atolou na lama. Ouviu Ebede-Meleque, o
etíope, eunuco que estava na casa do rei, que tinham metido a Jeremias na
cisterna; ora, estando o rei sentado à Porta de Benjamim, saiu Ebede-Meleque da
casa do rei e lhe falou: Ó rei, senhor meu, agiram mal estes homens em tudo
quanto fizeram a Jeremias, o profeta, que lançaram na cisterna; no lugar onde
se acha, morrerá de fome, pois já não há pão na cidade. Então, deu ordem o rei
a Ebede-Meleque, o etíope, dizendo: Toma contigo daqui trinta homens e tira da
cisterna o profeta Jeremias, antes que morra. Tomou Ebede-Meleque os homens
consigo e foi à casa do rei, por debaixo da tesouraria, e tomou dali umas
roupas usadas e trapos, e os desceu a Jeremias na cisterna, por meio de cordas.
Disse Ebede-Meleque, o etíope, a Jeremias: Põe agora estas roupas usadas e
estes trapos nas axilas, calçando as cordas; Jeremias o fez. Puxaram a Jeremias
com as cordas e o tiraram da cisterna; e Jeremias ficou no átrio da guarda”
(Jeremias 38:1-13). “Ora, tinha vindo a Jeremias a palavra do Senhor, estando
ele ainda detido no átrio da guarda, dizendo: Vai e fala a Ebede-Meleque, o
etíope, dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Eis que Eu
trarei as minas palavras sobre esta cidade para mal e não para bem; e se
cumprirão diante de ti naquele dia. A ti, porém, eu livrarei naquele dia, diz o
Senhor, e não serás entregue nas mãos dos homens a quem temes. Pois certamente
te salvarei, e não cairás à espada, porque a tua vida te será como despojo,
porquanto confiaste em mim” (Jeremias 39:15-18).
CONCLUSÃO: Ninguém jamais ficou esquecido diante de Deus pelas atenções e
benevolências dispensadas aos seus Ungidos – “Quem vos recebe a mim me recebe;
e quem me recebe recebe aquele que me enviou. Quem recebe um profeta, no
caráter de profeta, receberá o galardão de profeta; quem recebe um justo, no
caráter de justo, receberá o galardão de justo. E quem der a beber, ainda que
seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo,
em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão” (Mateus 10:40-42).
1) EXEMPLOS DE UNGIDOS DO SENHOR QUE NÃO
PROCEDERAM BEM, E DEUS OS CASTIGOU: a) JONAS: “Deparou o Senhor um grande peixe, para que tragasse
a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites no ventre do peixe” (Jonas 1:17);
b) BALAÃO: “Abandonando o reto caminho, se extraviaram, seguindo para o
caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça (recebeu,
porém, o castigo da sua transgressão, a saber, um mudo animal de carga, falando
com voz humana, refreou a insensatez do profeta)” (II Pedro 2:15-16); c) NADABE
E ABIÚ: “Nadabe e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e
puseram neles fogo, e sobre estes, incenso, e trouxeram fogo estranho perante a
face do Senhor, o que lhes não ordenara. Então saiu fogo de diante do Senhor e
os consumiu; e morreram perante o Senhor” (Levítico 10:1-2); d) O PROFETA DE
BETEL: “Morava em Betel um profeta velho; vieram seus filhos e lhe contaram
tudo o que o homem de Deus fizera aquele dia em Betel; as palavras que dissera
ao rei, contaram-nas a seu pai. Perguntou-lhes o pai: Por que caminho se foi?
Mostraram seus filhos por onde fora o homem de Deus que viera de Judá. Então,
disse a seus filhos: Albardai-me um jumento. Albardaram-lhe o jumento, e ele
montou. E foi após o homem de Deus e, achando-o sentado debaixo de um carvalho,
lhe disse: És tu o homem de Deus que vieste de Judá? Ele respondeu: Eu mesmo.
Então lhe disse: Vem comigo a casa e come pão. Porém ele disse: Não posso
voltar contigo, nem entrarei contigo; não comerei pão, nem beberei água contigo
neste lugar. Porque me foi dito pela palavra do Senhor: Ali, não comerás pão,
nem beberás água, nem voltarás pelo caminho por que foste. Tornou-lhe ele:
Também eu sou profeta como tu, e um anjo me falou por ordem do Senhor, dizendo:
Faze-o voltar contigo a tua casa, para que coma pão e beba água. (Porém
mentiu-lhe). Então, voltou ele, e comeu pão em sua casa, e bebeu água. Estando
eles à mesa, veio a palavra do Senhor ao profeta que o tinha feito voltar; e
clamou ao homem de Deus, que viera de Judá, dizendo: Assim diz o Senhor:
Porquanto foste rebelde à palavra do Senhor e não guardaste o mandamento que o
Senhor, teu Deus, te mandara, antes, voltaste, e comeste pão, e bebeste água no
lugar de que te dissera: Não comerás pão, nem beberás água, nem beberás água, o
teu cadáver não entrará no sepulcro de teus pais. Depois de o profeta a quem
fizera voltar haver comido pão e bebido água, albardou para ele o jumento.
Foi-se, pois, e um leão o encontrou no caminho e matou; o seu cadáver estava
atirado no caminho, e o jumento e o leão, parados junto ao cadáver. Eis que os
homens passaram e viram o corpo lançado no caminho, como também o leão parado
junto ao corpo; e vieram e disseram na cidade onde o profeta velho habitava. Ouvindo-o
o profeta que o fizera voltar do caminho, disse: É o homem de Deus, que foi
rebelde à palavra do Senhor; por isso, o Senhor o entregou ao leão, que o
despedaçou e matou, segundo a palavra que o Senhor lhe tinha dito” (I Reis
13:11-26).
2) AGORA, OS OBREIROS DA NOVA DISPENSAÇÃO, COMO
DEVEM SER TRATADOS? a) ARÃO:
“Ninguém, pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus,
como aconteceu com Arão” (Hebreus 5:4); “Quando, porém, ao que me separou antes
de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve” (Gálatas 1:15); b) REI
UZIAS: “Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua
própria ruína, e cometeu transgressões contra o Senhor, seu Deus, porque entrou
no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso. Porém o sacerdote
Azarias entrou após ele, com oitenta sacerdotes do Senhor, homens da maior
firmeza; e resistiram ao rei Uzias e lhe disseram: A ti, Uzias, não compete
queimar incenso perante o Senhor, mas aos sacerdotes, filhos de Arão, que são
consagrados para este mister; sai do santuário, porque transgrediste; nem será
isso para honra tua da parte do Senhor Deus. Então, Uzias se indignou; tinha o
incensário na mão para queimar incenso; indignando-se ele, pois, contra os
sacerdotes, a lepra lhe saiu na testa perante os sacerdotes, na Casa do Senhor,
junto ao altar do incenso. Então, o sumo-sacerdote Azarias e todos os
sacerdotes voltaram-se para ele, e eis que estava leproso na testa, e
apressadamente o lançaram fora; até ele mesmo se deu pressa em sair, visto que
o Senhor o ferira. Assim, ficou leproso o rei Uzias até ao dia da sua morte; e
morou, por ser leproso, numa caverna separada, porque foi excluído da Casa do
Senhor; e Jotão, seu filho, tinha a seu cargo a casa do rei, julgando o povo da
terra” (II Crônicas 26:16-21).
3) COMO DEVEMOS TRATAR OS PASTORES: a) Imitai e obedecei – “Lembrai-vos dos
vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e, considerando
atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram. Obedecei aos vossos
guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve
prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não
aproveita a vós outros” (Hebreus 13:7,17); b) Duplicada honra – “Devem ser
considerado merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem,
com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino” (I Timóteo 5:17);
c) Como anjo de Deus – “E, posto que a minha enfermidade na carne vos foi uma
tentação, contudo, não me revelastes desprezo nem desgosto; antes, me
recebestes como anjo de Deus, como o próprio Cristo Jesus” (Gálatas 4:14); d)
Em grande estima – “Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que
trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam; e que os
tenhais com amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realizam.
Vivei em paz uns com os outros” (I Tessalonicenses 5:12-13); e) Jesus e seus
obreiros – “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para
evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e
restauração da vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos” (Lucas
4:18); “Quem vos der ouvidos ouve-me a mim; e quem vos rejeitar a mim me
rejeita; quem, porém, me rejeitar rejeita aquele que me enviou” (Lucas 10:16);
“Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu
com óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros” (Hebreus 1:9); “Quem
vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe recebe aquele que me enviou”
(Mateus 10:40).
OBSERVAÇÃO: Sermão
preparado em 1960.
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