segunda-feira, 30 de outubro de 2017

AS QUATRO LIBERDADES



TEXTO BÍBLICO
“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nEle: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes Tu: Sereis livres? Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:31-36).

     INTRODUÇÃO: Os homens bem formados tem-se batido, através dos séculos, para manter viva a liberdade entre os povos. A liberdade política, religiosa e de consciência tem encontrado os mais ardorosos apologistas através dos tempos. Por que devemos preservar a liberdade? Porque não é possível viver sem ela! Terão os homens, conquistado a liberdade absoluta, depois de manter as citadas anteriormente? E, no domínio espiritual, somos livres ou cativos? É o que vamos verificar.

     I – LIBERDADE DA CULPA OU CONDENAÇÃO: “Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no livro da Lei, para praticá-las” (Gálatas 3:10). “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou do pecado e da morte” (Romanos 8:1-2).

II – LIBERDADE DO PODER DO PECADO: “Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado” (João 8:34). “Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues; e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça” (Romanos 6:17-18).

III – LIBERDADE DA LEI: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro” (Gálatas 3:13). “Visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Romanos 3:20). “Pois qualquer que guarda toda a Lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos” (Tiago 2:10).

IV – LIBERDADE DO TEMOR DA MORTE: O que faz uma pessoa temer a morte é o juízo vindouro que a ela se segue. “Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também Ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hebreus 2:14-15). Aquele que confia em Jesus não deve temer a morte. Ela é apenas um meio do crente entrar na glória eterna, estar com Jesus, e esperar a vinda de seus entes queridos que ainda estão na terra.

CONCLUSÃO: O único meio de se conquistar estas quatro liberdades está na fé do Cristo da Bíblia. A religião que negar ou ignorar a necessidade da expiação de Cristo, é inepta para resgatar o pecador da condenação e da culpa.


sexta-feira, 20 de outubro de 2017

A VINDA DE CRISTO


TEXTOS BÍBLICOS: “Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras. Dize estas coisas: exorta e repreende também com toda a autoridade. Ninguém te despreze.” (Tito 2:11-14). “Sede, pois, irmãos, pacientes, até avinda do Senhor: Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima” (Tiago 5:7-8).


     INTRODUÇÃO: Efeitos da crença em sua volta – se cremos na vinda de nosso Senhor, seremos:

     I – PUROS DE CORAÇÃO: A pureza interna é essencial para se ver retamente a conduta externa. “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como Ele é puro” (I João 3:3).

     II – RESOLUTOS NO PROPÓSITO: Nós somos exortados a - “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo” (I Pedro 1:13). Como a cinta ata o corpo, assim a verdade da Vinda do Senhor manterá unida, num propósito resoluto, a mente de nossa determinação.

     III – SANTOS NA VIDA: A razão porque o Senhor santifica e purifica agora a sua Igreja, é que Ele a quer apresentar a si mesmo Igreja Gloriosa – “Para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Efésios 5:26-27). As vestes imaculadas de uma vida santificada têm um imprescindível valor na glória futura – “Alegremo-nos, exultemos e demos-lhes a glória, porque são chegadas às bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou (enfeitou-se)” (Apocalipse 19:7); “Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva, adornada para o seu esposo” (Apocalipse 21:2).

IV – ARDOROSOS NO AMOR: A razão porque Paulo servia ao Senhor tão fielmente era porque ele amava ao Senhor devotamente (dedicadamente) – “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (II Timóteo 4:6-8).

     V – PACIENTES NA TRIBULAÇÃO: Quando Tiago exortava paciência na perseguição, e firme persistência no meio da zombaria, ele disse – “Sede, pois, irmãos, pacientes, até avinda do Senhor: Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas” (Tiago 5:7); e repete a sua exortação ao dizer - “Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima” (Tiago 5:8).

     VI – EXPECTANTES NA ATITUDE: Diz-se dos cristãos primitivos, que eles estavam esperando pelo Filho de Deus, dos céus; e o resultado de conhecer-se a graça de Deus é que nós esperamos pela – “bem-aventurada esperança é a aparição gloriosa de nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo”. “Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras. Dize estas coisas: exorta e repreende também com toda a autoridade. Ninguém te despreze.” (Tito 2:11-14). “E para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem Ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura” (I Tessalonicenses 1:10).

     VII – FIÉIS NO SERVIÇO: O nosso Senhor nos tem ordenado que estejamos em contínua atividade até que Ele venha, e como nós somos fiéis a Ele, negociando com o talento do Evangelho, que Ele entregou a nossa confiança, seremos devidamente galardoados (recompensados) – “Ouvindo eles estas coisas, Jesus propôs uma parábola, visto estar perto de Jerusalém e lhes parecer que o reino de Deus havia de manifestar-se imediatamente. Então, disse: Certo homem nobre partiu para uma terra distante, com o fim de tomar posse de um reino e voltar. Chamou dez servos seus, confiou-lhe dez minas e disse-lhes: Negociai até que eu volte. Mas os seus concidadãos o odiavam e enviaram após ele uma embaixada, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós. Quando ele voltou, depois de haver tomado posse do reino, mandou chamar os servos a quem dera o dinheiro, a fim de saber que negócio cada um teria conseguido. Compareceu o primeiro e disse: Senhor, a tua mina rendeu dez. Respondeu-lhe o senhor: Muito bem, servo bom; porque foste fiel no pouco, terás autoridade sobre dez cidades. Veio o segundo, dizendo: Senhor, a tua mina rendeu cinco. A este disse: Terás autoridade sobre cinco cidades. Veio, então, outro, dizendo: Eis aqui, senhor, a tua mina, que eu guardei embrulhada num lenço. Pois tive medo de ti, que és homem rigoroso; tiras o que não puseste e ceifas o que não semeaste. Respondeu-lhe: Servo mau, por tua própria boca te condenarei. Sabias que eu sou homem rigoroso, que tiro o que não pus e ceifo o que não semeei; porque não puseste o meu dinheiro no banco? E, então, na minha vinda, o receberia com juros. E disse aos que o assistiam: Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem as dez. Eles ponderaram: Senhor, ele já tem dez. Pois eu vos declaro: a todo o que tem dar-se-lhe-á; mas, ao que não tem, o que tem lhe será tirado. Quanto, porém, a esses meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e executai-os na minha presença” (Lucas 19:11-27).



OBSERVAÇÃO: Sermão preparado em 1960. 

terça-feira, 10 de outubro de 2017

AS SETE PALAVRAS DA CRUZ



TEXTOS BÍBLICOS
“Tomaram eles, pois, a Jesus; e Ele próprio, carregando a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, Gólgota em hebraico, onde o crucificaram e com Ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio. Pilatos escreveu também um título e o colocou no cimo da cruz; o que estava escrito era: JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS. Muitos judeus leram este título, porque o lugar em que Jesus fora crucificado era perto da cidade; e estava escrito em hebraico, latim e grego. Os principais sacerdotes diziam a Pilatos: Não escrevas: Rei dos judeus, e sim que Ele disse: Sou rei dos judeus. Respondeu Pilatos: O que escrevi escrevi. Os soldados, pois, quando crucificaram Jesus tomaram-lhe as vestes e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e pegaram também a túnica. A túnica, porém, era sem costura, toda tecida de alto a baixo. Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela para ver a quem caberá – para se cumprir a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes (Salmo 22:18). Assim, pois, o fizeram os soldados. E junto à cruz estavam a mãe de Jesus, e a irmã dela, e Maria, mulher de Cléopas, e Maria Madalena. Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí teu filho. Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a tomou para casa. Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura (Salmo 69:21), disse: Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo (arbusto), lha chegaram à boca. Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito. ” (João 19:17-30).

     INTRODUÇÃO: Isaías profetizou que como ovelha muda perante os seus tosquiadores Ele não abriu a sua boca. Assim, vemo-lo silencioso diante dos inimigos que injustamente o condenaram. Na cruz, porém, falou sete vezes. Três vezes enquanto houve luz a respeito dos outros; à hora sexta houve trevas e um longo silêncio. As quatro últimas palavras na última hora de trevas a respeito de si mesmo – três palavras sacrificiais e uma palavra de conclusão. Analisemo-nas ligeiramente:

I - PAI, PERDOA-LHES PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEM: (Lucas 23:34). Palavras de perdão.
a)  A bondade infinita de Cristo – ensinou e exemplificou. Mandou perdoar aos inimigos e na hora em que isto parecia difícil o fez. É fácil talvez perdoar quando não estamos sofrendo; não, porém, naquela hora tremenda.
b)  Oração intercessória – Único Mediador. Revelou o espírito de oração.
c)  Perdão – Se Jesus pediu perdão para o maior dos crimes é porque era possível tal perdão. Então, vós podeis também ser perdoados.
d)  ILUSTRAÇÃO: O caso de uma menina que intercedeu pelo pai junto a Napoleão: “Não venho pedir justiça, mas perdão”.
e)  O que teria sucedido se Jesus pedisse castigo?

II – EM VERDADE TE DIGO QUE HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO: (Lucas 23:43). Palavra de Salvação.
a)  Na primeira palavra, um perdão geral que se oferecia a todos. Aqui se particulariza. Alguém, que também blasfemara, se arrependeu e apropriou o perdão oferecido. Os outros não se salvaram. Jesus intercedeu, mas eles não se arrependeram nem creram.
b)  Revela Divindade. Os poderes do mundo estavam coligados contra Ele: poder religioso – sinédrio (corte suprema judia); poder político – Pilatos; poder popular – a multidão; poderes infernais. Mas, quando parecia vencido, mostra-se vitorioso, salva um miserável pecador.
c)  Análise das palavras – “HOJE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO” – Só Deus podia fazer tal promessa. Salvação imediata, incondicional, atual, gratuita, segura.
d)  Contentou-se em levar para o céu, como primícias de sua obra, no dia do sacrifício, a um ladrão.

III – MULHER, EIS AÍ TEU FILHO; EIS AÍ TUA MÃE: (João 19:26-27). Palavra de amor e cuidado.
a)  As outras dores, foi acrescentada esta – a de contemplar sua mãe a sofrer. Se qualquer de nós teria sentido, quanto mais Ele que podia ler o coração. Cumpriu-se, naquela hora, a profecia de Simeão: “Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel e para ser alvo de contradição. (também uma espada traspassará a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos de muitos corações” (Lucas 2:34-35).
b)  Esqueceu-se de suas próprias dores para pensar na dos outros. Amou os seus até o fim.
c)  Na primeira palavra, uma súplica para todos; na segunda, se dirige a alguém que já aproveitou essa vantagem; na terceira, mostra como cuida de quem lhe pertence. O perdão é oferecido a todos; alguns o recebem e, destes, Ele toma cuidado. (Cessou a relação Filho e Mãe?).

IV – DEUS MEU, DEUS MEU, POR QUE ME DESAMPARASTE?: (Marcos 15:34). Palavra de expiação. Deus o desamparou para receber-nos.

V – TENHO SEDE!: (João 19:28). Palavra de sofrimento.
a)  O autor dos mares, rios, fontes e chuvas, disse: “Tenho sede”.
b)  Ofereceu água à samaritana e a todos; mas Ele mesmo teve sede. Os inimigos disseram uma verdade: “Salvou aos outros, a si mesmo não se pode salvar”. No inferno, os condenados hão de ter sede, e Ele era um condenado.

VI – ESTÁ CONSUMADO!: (João 19:30). Palavra de triunfo. A maldade humana, a bondade divina, o sacrifício, a salvação, as profecias.

VII – PAI, NAS TUAS MÃOS ENTREGO O MEU ESPÍRITO!: (Lucas 23:46). Palavra de união e imortalidade. Que possamos dizer esta última palavra ao passarmos para o além.

     CONCLUSÃO:
1ª – Palavra de Perdão;
2ª – Palavra de Salvação;
3ª – Palavra de Amor e Cuidado;
4ª – Palavra de Expiação;
5ª – Palavra de Sofrimento;
6ª – Palavra de Triunfo;
7ª – Palavra de União e Imortalidade.




OBSERVAÇÃO: Sermão preparado em 1960.