TEXTO BÍBLICO: “No dia
seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. E, vendo de longe uma figueira
com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa. Aproximando-se
dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos. Então, lhe disse
Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto. E
foram para Jerusalém. Entrando Ele no templo, passou a expulsar os que ali
vendiam e compravam; derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que
vendiam pombas. Não permitia que alguém conduzisse qualquer utensílio pelo
templo; também ensinava e dizia: Não está escrito: A minha casa será chamada
casa de oração para todas as nações? Vós, porém, a tendes transformado em covil
de salteadores. E os principais sacerdotes e escribas ouviam estas coisas e
procuravam um modo de lhe tirar a vida; pois o temiam, porque toda a multidão
se maravilhava de sua doutrina. Em vindo a tarde, saíram da cidade” (Marcos
11:12-18).
QUAL A RELAÇÃO ENTRE O QUE
JESUS FEZ COM A FIGUEIRA E O QUE FEZ COM OS VENDILHÕES DO TEMPLO?
As duas histórias aparecem
juntas. No primeiro caso, Jesus secou a figueira porque de longe ela aparentava
ter frutos e não tinha. No segundo caso, Ele expulsou os vendilhões porque o
templo deveria ser casa de oração para todos os povos e não o era.
I – A MERCANTILIZAÇÃO DA FÉ:
Um dos piores inimigos da fé evangélica é o processo de mercantilização da fé
com todos os seus derivados. Esse processo cresce e está vigoroso em nosso
meio. No entanto isso só produz folhas e não frutos. Esta figueira será e já
está julgada.
II – A FALSA
ESPIRITUALIDADE: Uma espiritualidade que faz pouco caso da revelação
contida nas Escrituras acaba se tornando uma capa religiosa para um sistema que
transforma a casa de oração para todos os povos em covil de ladrões.
III – A REALIDADE ATUAL:
Estamos diante de uma realidade na qual as aparências enganam. O que parece
frondoso à distância, pode se mostrar enganoso de perto. O templo que parecia
ativo em sua função de ser o lugar onde o nome de Deus era invocado, revelou-se
uma aberração espiritual e moral.
CONCLUSÃO: Vamos nos
perguntar: De longe, o que o Senhor Jesus vê em nós? De perto, o que Ele
encontra? A medida em que essa entidade “mercado”, com seus valores e
paradigmas, aperfeiçoa seu funcionamento e sofistica sua capacidade de formar
padrões (modelos, paradigmas), ela estende seus tentáculos sobre cada esfera da
vida humana, inclusive sobre nós, na Igreja. O que nos deixa perplexos é a
nossa incapacidade de discernir esse processo. A nossa Igreja está absorvendo
valores e objetivos que ameaça sua obediência a Cristo. Isso está nos levando a
um ajuste tão fino com a realidade circundante, que a diferença entre o mundo e
a Igreja se torna apenas teórica. O resultado é que estamos trazendo para o
“templo” um sistema idolátrico com cara de piedade evangélica. Este é o mal
mais terrível – o mal com cara de bem. Até quando, como Igreja, vamos dar boas
vindas, de forma acrítica, a toda e qualquer novidade que bate à nossa porta
pelo simples fato de ser mais uma novidade? Até que ponto o mercado se tornou o
eixo da espiritualidade evangélica? Será que também estamos dando um rosto de
piedade aquilo que ofende a santidade de nosso Deus?
Nenhum comentário:
Postar um comentário