quarta-feira, 4 de junho de 2014

DE LONGE, O QUE O SENHOR VÊ EM NÓS? DE PERTO, O QUE ELE ENCONTRA?



TEXTO BÍBLICO: “No dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. E, vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos. Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto. E foram para Jerusalém. Entrando Ele no templo, passou a expulsar os que ali vendiam e compravam; derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. Não permitia que alguém conduzisse qualquer utensílio pelo templo; também ensinava e dizia: Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todas as nações? Vós, porém, a tendes transformado em covil de salteadores. E os principais sacerdotes e escribas ouviam estas coisas e procuravam um modo de lhe tirar a vida; pois o temiam, porque toda a multidão se maravilhava de sua doutrina. Em vindo a tarde, saíram da cidade” (Marcos 11:12-18).

     QUAL A RELAÇÃO ENTRE O QUE JESUS FEZ COM A FIGUEIRA E O QUE FEZ COM OS VENDILHÕES DO TEMPLO?
     As duas histórias aparecem juntas. No primeiro caso, Jesus secou a figueira porque de longe ela aparentava ter frutos e não tinha. No segundo caso, Ele expulsou os vendilhões porque o templo deveria ser casa de oração para todos os povos e não o era.

     I – A MERCANTILIZAÇÃO DA FÉ: Um dos piores inimigos da fé evangélica é o processo de mercantilização da fé com todos os seus derivados. Esse processo cresce e está vigoroso em nosso meio. No entanto isso só produz folhas e não frutos. Esta figueira será e já está julgada.

     II – A FALSA ESPIRITUALIDADE: Uma espiritualidade que faz pouco caso da revelação contida nas Escrituras acaba se tornando uma capa religiosa para um sistema que transforma a casa de oração para todos os povos em covil de ladrões.

     III – A REALIDADE ATUAL: Estamos diante de uma realidade na qual as aparências enganam. O que parece frondoso à distância, pode se mostrar enganoso de perto. O templo que parecia ativo em sua função de ser o lugar onde o nome de Deus era invocado, revelou-se uma aberração espiritual e moral.

     CONCLUSÃO: Vamos nos perguntar: De longe, o que o Senhor Jesus vê em nós? De perto, o que Ele encontra? A medida em que essa entidade “mercado”, com seus valores e paradigmas, aperfeiçoa seu funcionamento e sofistica sua capacidade de formar padrões (modelos, paradigmas), ela estende seus tentáculos sobre cada esfera da vida humana, inclusive sobre nós, na Igreja. O que nos deixa perplexos é a nossa incapacidade de discernir esse processo. A nossa Igreja está absorvendo valores e objetivos que ameaça sua obediência a Cristo. Isso está nos levando a um ajuste tão fino com a realidade circundante, que a diferença entre o mundo e a Igreja se torna apenas teórica. O resultado é que estamos trazendo para o “templo” um sistema idolátrico com cara de piedade evangélica. Este é o mal mais terrível – o mal com cara de bem. Até quando, como Igreja, vamos dar boas vindas, de forma acrítica, a toda e qualquer novidade que bate à nossa porta pelo simples fato de ser mais uma novidade? Até que ponto o mercado se tornou o eixo da espiritualidade evangélica? Será que também estamos dando um rosto de piedade aquilo que ofende a santidade de nosso Deus?

     

Nenhum comentário:

Postar um comentário