“Mas, vindo a plenitude dos
tempos, Deus enviou o seu filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei,
para resgatar os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de
filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do
seu Filho, que clama: Aba, Pai. Portanto, já não és mais servo, mas filho, e se
és filho, és também herdeiro por Deus.” (Gálatas 4:4-7).
I – O TEMPO
“E vindo a plenitude dos tempos”
(verso 4). Não existe ação prematura na providência de Deus. Ele não apanha
frutos verdes. Era chegado o tempo em que deveria vir a Semente há muito tempo
prometida: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a
sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”
(Gênesis 3:15). A era mosaica alcançará o seu termo: “Agora, na consumação dos
séculos, uma vez por todas se manifestou, para aniquilar o pecado pelo
sacrifício de si mesmo.” (Hebreus 9:26). Profética e politicamente, tinha
chegado o momento psicológico para a vinda daquele que teria de trazer aos
filhos dos homens A NOVA ERA DA GRAÇA SALVADORA.
II – A PESSOA
“Deus enviou seu filho” (verso 4). A pré-existência do filho é claramente
indicada: “No princípio era o Verbo.” (João 1:1). “Ele é antes de todas as
coisas.” (Colossenses 1:17). Somente Ele pode falar sobre a glória que tinha
com o Pai, antes que o mundo existisse: “Agora, pois, glorifica-me tu, ó Pai,
junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo
existisse.” (João 17:5). Foi pelo Filho que Deus fez o mundo: “Nestes últimos
dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas,
e POR QUEM FEZ TAMBÉM O MUNDO” (Hebreus 1:2). Agora, pelo Filho, Deus procura
salvá-lo. Que “ADEUS” não lhe devem ter dado os anjos quando Ele deixou a Casa
do Pai para tomar a forma da carne do pecado: “Porquanto o que era impossível à
lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus, enviando a seu próprio Filho
em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado”
(Romanos 8:3), e se tornar Deus manifesto em carne!
III – A MANEIRA
“Nascido de mulher”
(verso 4). Com relação à Sua natureza física, Ele nasceu de uma mulher, mas Ele
nunca foi chamado o Filho de Maria, e não era Filho de José. Mas ele se
denominava a si mesmo “Filho do homem”, isto é, filho da humanidade, como se o
sangue de toda raça humana estivesse em Suas veias. Ele era o filho de todas as
nações: “Por que um menino nos nasceu, um filho se nos deu” (Isaías 9:6). Como
menino em forma humana, Ele nasceu; mas como Filho na semelhança do Pai, ele foi
dado.
“Nascido debaixo da lei”
(verso 4). Nenhum anjo jamais soube o que é estar debaixo da lei, e entretanto,
Aquele que é mais elevado do que os anjos, humilhou-se a Si mesmo para se
tornar devedor par com toda lei, e ser obediente até a morte de cruz. Nem a
lei, nem qualquer de Seus acusadores, nem o Príncipe deste Mundo, puderam achar
qualquer coisa conta Ele: “Já não falarei muito convosco, porque vem aí o
Príncipe deste Mundo, e ele nada tem em mim.” (João 14:30). DIGNO É O CORDEIRO!
IV – O PROPÓSITO
Quando o relógio do tempo bateu a
hora, Deus enviou o seu Filho:
1º “Para resgatar os que estavam
debaixo da lei” (verso 5). Todos estavam debaixo da lei e debaixo da
maldição: “Pois todos quantos são das obras da lei, estão debaixo da maldição;
porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas
que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.” (Gálatas 3:10), e a única
maneira de escapar da maldição da lei era mediante um plano de redenção
divinamente ordenado: porque ninguém podia remir a seu irmão. Ele se ofereceu
como FIADOR de uma humanidade falida.
2º “A fim de recebermos a adoção de
filhos” (verso 5). Este direito de filhos é baseado na redenção. Há
quem ensine que Jesus veio revelar a paternidade de Deus e a fraternidade do
homem. Estes fatos encontram-se nos ensinos de Cristo, mas NUNCA SE AFIRMA QUE
ELE VEIO PARA SOFRER E MORRER PARA TORNAR ESTES FATOS CONHECIDOS. Ele veio
buscar e salvar o que tinha se perdido. Ele veio remir-nos a fim de podermos
receber a adoção de filhos. Todos os homens são criaturas de Deus, mas somente
aqueles que se reconciliam com Deus, pela morte de Seu Filho podem ter o
verdadeiro Espírito de filhos: ”E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos
corações o Espírito de Seu Filho, que clama: Aba, Pai.” (verso 6). Os filhos
têm que ter a semelhança de família: “TODOS UM EM CRISTO”.
3º “Portanto, já não és mais servo,
mas filho, e se és filho, és também herdeiro por Deus” (verso 7). “Herdeiros de Deus, por Cristo.” Se somos
filhos, somos também herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo: “O Espírito
mesmo testifica com o nosso espírito que somo s filhos de Deus; e, se filhos,
também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que
com Ele padecemos, para que também com Ele sejamos glorificados.” (Romanos
8:16-17). Todos que estão em Cristo herdam com Ele a “honra e a glória” que Ele
possui agora, exaltado à destra de Deus. Essa é uma herança incorruptível e
incontaminável, guardada no céu para nós: “Bendito seja o Deus e Pai do Nosso
Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para
uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para
uma herança incorruptível e imarcescível reservada nos céus para vós.” (I Pedro
1:3-4).
CONCLUSÃO
“Portanto ninguém se glorie nos homens; porque tudo é
vosso; seja Paulo ou Apolo, ou Cefas; seja o mundo, ou a vida, ou a morte,
sejam as coisas presentes, ou as vindouras, tudo é vosso e vós de Cristo, e
Cristo de Deus.” (I Coríntios 3:21-23). “Que pensai vós de Cristo?”
Nenhum comentário:
Postar um comentário