TEXTO BÍBLICO: “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.” (Apocalipse 21:1)
I – OS FUNDAMENTOS PARA O NOVO MUNDO
Se fomos designados para construir um novo mundo, devemos saber, em primeiro lugar, de muitas coisas que devemos limpar. O montão de lixo deste mundo é composto de vidas esfaceladas e pecaminosas, as quais constituem um perigo para a sociedade. Nada que venha a produzir abominação e mentira deve permanecer ante o nosso caminho para a construção de um novo mundo. Isaías chamou para a reconstrução em seu tempo: “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.” (Isaías 40:3). Um dos primeiros passos em nossa reconstrução deverá ser em conservarmos o nosso progresso espiritual na mesma marcha com o nosso adiantamento material. Além disso, nosso fundamento para uma nova sociedade, deve ser lançado num reconhecimento de Deus. Nosso fundamento não deve apoiar-se em nada, a não ser em Cristo. “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.” (I Coríntios 3:11).
II – O ESPÍRITO E O MOTIVO DOS CONSTRUTORES
Eles deves possuir o espírito da fé. Jesus estava sempre admoestando os homens a “terem fé em Deus”. Sua afirmativa era de que as coisas impossíveis podiam ser alcançadas se os homens tivessem, apenas, fé. Temos esquecido, também, muitas vezes, da exortação de Jesus: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza, porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.” (Lucas 12:15). Nós devemos possuir o espírito do otimismo. O espírito da fé e do otimismo andam de mãos dadas. A fé e o otimismo são necessários. É alguma coisa que está fundada na realidade de Deus. Deve haver o espírito de generosidade nos construtores. O motivo supremo deve ser o de construir a vida no espírito de Cristo. Tal motivo mostra muita essência de generosidade. Os ideais cristãos tem sido as forças que tem levantado o mundo com as mais altas e melhores coisas em todas as gerações. Três séculos foram passados desde que Galileo contemplou, atravésw do seu rústico telescópio a estrelas, e exclamou: “Elas movem! Elas movem!” Colocando-nos diante da clara luz destes séculos de invenções e descobertas, podemos ecoar o mesmo pensamento. O progresso está escrito em toda a parte. Com todos os adiantamentos das coisas materiais, temos de algum modo falhado para encontrar a satisfação que os homens solicitam. Nossa falha permanece no fato de que nós temos construído nosso mundo material sem considerar o dizer do Mestre, que o homem não pode viver, apenas, do pão.
III – A CHAMADA DE CONSTRUTORES
A necessidade de construtores é aparente. O chamado é insistente. João foi exilado na solitária Ilha de Patmos, por causa do seu amor a Cristo. Ele tinha respondido ao chamado de construtores. Aquele chamado foi soado nestas simples palavras: “Siga-me.” Como nós temos até aqui o desejo de dar as nossas vidas em amor e obediência a Cristo, podemos, portanto, responder a este chamado de construtores. Aqueles que primeiro responderam o Seu chamado, tinham visão de uma nova sociedade onde a regra do direito, da verdade e do amor de Deus, suplantariam o egoísmo e o ódio. Como seus sucessores, nós somos chamados para construir uma sociedade de acordo com a maneira e o modelo de Cristo. Nosso mundo precisa tristemente disso. Nossa catástrofe, deixe ser enfatizado, não é simplesmente material. Se fosse apenas material, então nós poderíamos chamar os nossos engenheiros, e reconstruí-lo facilmente. Porém, nós contemplamos um mundo que precisa refazer-se moral e espiritualmente. A vida precisa de uma aplicação do texto celeste da subsistência. Os códigos não nos podem trazer resgate aqui. A aceitação de Crsito e do seu programa de vida dá-nos imediata esperança. Com o Seu espírito e vida nós veremos nossa tarefa na luz de podermos construir os homens. Um grande edifício chega a sua perfeição quando cada pedra é ajustada no seu lugar especificado. Muitos trabalhadores tem combinado os seus esforços, um para correr o elevador, e levantar a pedra, outro para colocá-la, e ainda outro para espalhar a argamassa, todos trabalhando com um único alvo e objetivo definido: levantar um explêndido edifício. Do mesmo modo, no edifício deste novo mundo, o qual foi visto em visão por João, homens e mulheres, de talentos variados, consagrados a grande tarefa, podem construir, cada um a sua parte. “E vi um novo céu e uma nova terra”.
OBSERVAÇÃO: Escrito pelo Rev David Falcão, quando estava em Carpina/PE, no dia 17/07/1947.
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