sábado, 8 de agosto de 2009

O ANTICRISTO: SEU CARÁTER E SUA HISTÓRIA

“Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis” (Apocalipse 13:18).

- INTRODUÇÃO:
Através dos séculos, muitos estudiosos das Escrituras têm tentado decifrar o número atribuído ao Anticristo, mas sem haver entre eles um consenso em suas interpretações. Julgavam que o 666 se referia a NERO CÉSAR, cujas letras, na numerologia secular vigente somava aquele misterioso número. E assim aconteceu com a escolha de personagens famosos, como Napoleão, Hitler, Stálin e o próprio Papa da Igreja Católica Romana. Todavia, o quase desafio do Apocalipse 13:18, veio a se cumprir em nossos dias com uma interpretação aceita pela maioria dos teólogos cristãos. Vejamos quem será este personagem predito a se manifestar após o arrebatamento da Igreja Cristã.

1 – A BESTA QUE SUBIU DO MAR – APOCALIPSE 13:1-10
A “besta que subiu do mar” (Apocalipse 13:1) é a “quarta besta” de Daniel 7:7; “o quarto reino” de Daniel 2:40; “o príncipe que há de vir” de Daniel 9:26-27. Os “dez chifres” de Daniel 7:7 são “dez reis que surgirão”. Segundo Daniel, o então Império Romano, nos últimos tempos se fragmentará em dez reinos independentes. Entre estes dez chifres (reis) aparece um “chifre pequeno”, o qual se apodera de três destes dez reinos (Daniel 7:8, 24), e é um notável blasfemador.
A “besta que subiu do mar” fará ressurgir novamente o Império Romano – o poder civil, não o papado. A identificação da “besta que subiu do mar” com a quarta besta de Daniel, na forma de dez reinos é confirmada comparando-se Apocalipse 13:1 (“dez chifres”) com Apocalipse 17:12 (“Os dez chifres que vistes são dez reis”).
A seguir, veremos que esta “besta que subiu do mar” é tanto uma pessoa como uma forma de governo civil – o restaurado Império Romano. O Apóstolo João, em Apocalipse 13:1, vê esta última fase da supremacia mundial gentílica da mesma maneira vista por Daniel 7:8. Há “dez chifres”, porém o “chifre pequeno” se apodera de três deles, ficando apenas sete cabeças. Em Apocalipse 13:2 vemos o Anticristo, o “chifre pequeno” simbolizado nas bestas descritas por Daniel 7:4-6. Isto prova claramente que o Apóstolo João e Daniel descreveram sobre o mesmo assunto.
A “cabeça” que fora “ferida de morte” refere-se à forma de governo imperial. Os fragmentos do antigo Império Romano jamais deixaram de existir como governos civis; o que cessou foi o império; a cabeça, sobre a qual repousava o poder centralizador imperial, foi ferida de morte. O que vemos aqui é o renascimento da forma de governo imperial ob a liderança do imperador, ou seja, do “chifre pequeno”. A “besta” citada em Apocalipse 13:2-3, significa o império em sua forma dividido; a “besta” citada em Apocalipse 13:3-8 é o imperador. Neste capítulo (Apocalipse 13), vemos predita uma futura reconstituição do Império Romano - “as pernas de ferro” com “os pés em parte de ferro e em parte de barro”, de Daniel 2; a “quarta besta” de Daniel 7, a “besta que subiu do mar” de Apocalipse 13. Todavia, há uma grande modificação do Império Romano: é que este império, dividido em dez reinos, mistura o ferro da autocracia com o barro frágil da democracia.

2 – O ANTICRISTO – SEU CARÁTER E SUA HISTÓRIA
Depois do arrebatamento da Igreja, surge um personagem que conquista três dos dez reinos existentes naquela época. Durante a Grande Tribulação ele se torna o líder absoluto daqueles dez reinos que, aparentemente, se constituem reinos autônomos, como por exemplo, acontecia com a antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas - Rússia). Este imperador será a “besta”.
Daniel, Paulo e João dão um esboço de seu caráter e carreira. Confiremos: Daniel 7:8, 24-25; 9:27; Mateus 24:15; II Tessalonicenses 2:3-10; Apocalipse 6:2; 13:3-8. Neste final da chefia gentílica, Satanás se encarnará peã última vez (Apocalipse 13:2, 4). A partir do Apocalipse 13:11, a “besta que subiu da terra” é descrita. Ele é o chefe do poder eclesiástico ou religioso, como a “besta que subiu do mar” ele é o chefe do poder civil.
No Apocalipse 13 vemos uma trilogia infernal, na qual o chefe civil assume o lugar de Deus, o Pai, como o objeto de culto; o falso profeta assume o lugar do Filho, como profeta e sacerdote; e Satanás, como o poder invisível de todos eles, assume o lugar do Espírito Santo. Assim eles, ligados no tempo, não estarão separados na eternidade (Apocalipse 20:10).

3 – O ANTICRISTO E SUA RÁPIDA TRJETÓRIA POLÍTICO-RELIGIOSA
O Anticristo assume o governo mundial em sua plenitude no início da segunda metade da última semana das Setenta Semanas Proféticas de Daniel, ou seja, apenas 42 meses de duração (Apocalipse 13:5). Ele esmaga, militarmente, toda resistência do povo de Israel que se recusa a adorar a sua imagem ou usar o seu sinal (Apocalipse 13:7). O seu auxiliar, o Falso Profeta, obriga todos os habitantes da terra a adorarem a imagem da “besta” bem como colocarem o seu sinal na testa ou mão direita. Ele opera sinais e prodígios, fazendo até descer fogo do céu à terra (Apocalipse 13:13). Ninguém poderá comprar ou vender se não tiver o sinal ou o nome da “besta” ou seu número – 666 (Apocalipse 13:17).

- CONCLUSÃO:
Neste mesmo período, Deus enviará a Jerusalém suas Duas Testemunhas para que preguem aos judeus (Apocalipse 13:3-7), as quais serão mortas pelo Anticristo. Depois ressuscitarão e subirão aos céus. Posteriormente, Jesus, atendendo ao clamor dos judeus convertidos pela pregação das Duas Testemunhas, “matará com o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda” (II Tessalonicenses 2:8) o Anticristo.

Recife, 22 de janeiro de 2006.

Rev. David Falcão

Nenhum comentário:

Postar um comentário