TEXTO BÍBLICO: “E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (II Pedro 1:19-21). “E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos” (Lucas 4:17-21).
INTRODUÇÃO: As profecias sobre um determinado assunto são dadas, a princípio, de um modo vago e geral, e depois vão definindo, colorindo o seu objeto. Tomemos por exemplo, os vaticínios (sinais, predições) a respeito da pessoa de Cristo
I – A IMPORTÂNCIA DA PALAVRA PROFÉTICA:
a) É candeia para alumiar nosso caminho na escuridão desta vida;
b) É necessária como tal em todo o tempo até que venha o dia, precedido surgir da Estrela da Alva;
c) Devemos atender a ela em nossos corações;
d) É guia seguro, se a soubermos interpretar.
II – A PROCEDÊNCIA DAS PROFECIAS BÍBLICAS:
a) NEGATIVAMENTE: Jamais foi dada pela vontade dos homens;
b) POSITIVAMENTE: Da parte de Deus é que falaram os homens, movidos pelo Espírito Santo.
III – UM CASO CONCRETO: Jesus leu uma profecia de Isaías na sinagoga de Nazaré, e explicou que ela se cumpria naquele dia; mas, assim fazendo, teve Ele o cuidado de omitir da leitura um dos dois membros do objeto direto composto de um verbo, porque não chegara o tempo de se cumprir esta parte (de sua missão). De fato, Isaías escrevera: “A apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes” (Isaías 61:2). Jesus leu até “A apregoar o ano aceitável do Senhor” – e fechou o livro. Por que não leu o resto da proposição? É que Jesus ia dizer: “Hoje se cumpriu esta Escritura”. Mas a vingança de nosso Deus não se cumpriu nesse tempo.
IV – A VERDADE CENTRAL: A profecia é uma história prevista. Como tal, semelhante ao panorama de uma série de montanhas que avistamos ao longe, no horizonte. Vemos uma única elevação, e só nas proximidades é que começamos a distinguir os vários montes que vão aparecendo por trás uns dos outros, às vezes separados entre si por léguas.
CONCLUSÃO: É preciso que tenhamos o máximo de cuidado em aplicar à interpretação das profecias o que já aprendemos quanto ao valor do contexto. Só no conjunto de tudo quanto um profeta nos revela é que podemos entender com exatidão o sentido de um trecho qualquer de sua profecia.
