TEXTO BÍBLICO: “Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver: Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmo se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás. Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte” (Apocalipse 2:10).
INTRODUÇÃO: Conta Plutarco, que numa praça que se vendiam escravos, achava-se à venda uma jovem lacedemônia [relacionada a Lacônia ou Esparta, na Grécia antiga]. Um comprador, aproximando-se dela, perguntou o que ela sabia fazer. A resposta foi: Sei ser fiel. O ideal dessa moça para a vida cristã dá resultados magníficos. Vejamos como isso pode acontecer:
I - FIDELIDADE À FIDELIDADE: Nem toda a fidelidade se reveste do mesmo valor moral. Por exemplo, dos bandidos à sua horda; dos piratas à seu bando; dos fanáticos à seu chefe; os paraguaios de Solano Lopez; os sequazes [servidores do Chefe] de Antônio Conselheiro; as hostes maometanas que pretenderam implantar pela força seus preceitos religiosos ao mundo. Antes de exigir fidelidade, Jesus ensinou as doutrinas que dariam o tom moral à própria fidelidade. Muitas pessoas dizem que qualquer religião é boa, desde que haja nela sinceridade. É um grave erro. Nem a sinceridade, nem a fidelidade tem valor absoluto. Esse depende da natureza da causa a que a fidelidade se consagra. Decorre de tudo isso que, para que o homem seja fiel a Cristo, precisa, primeiramente, conhecer bem os grandes ideais do Mestre. Sem esse conhecimento não haverá a verdadeira fidelidade.
II - FIDELIDADE À CONSCIÊNCIA: O negociante que mente, mas que não quer ser enganado; o político que se deixa levar por caminhos tortuosos por questão de disciplina partidária; jornalistas que fazem apologia da fidelidade aos seus deveres só para os outros; religiosos que, estando fartos de saber que andam fora dos ensinos evangélicos, continuam vivendo nos mesmos moldes de conduta. De quem a humanidade pode esperar conduta fiel senão dos Cristãos? Disse um jovem persa: Aqui é muito fácil ser Cristão, mas não na minha terra. O polvo, ao ser perseguido, solta uma tinta, que pode ser comparado quando fugimos de nossos deveres Cristãos, quando sentimos medo ou vergonha.
CONCLUSÃO: “Até a morte”. Temos a ilustração do Cadeal Wolsey, que era um dos ministros do rei Henrique VIII, da Inglaterra. Foi demitido por se recusar a aceitar o divórcio do rei Henrique VIII. Foi preso por crime de traição. Na prisão, rememorando seus serviços prestados àquele rei, disse: Tivesse eu servido a meu Deus tão diligentemente como servi ao meu rei, Ele não me abandonaria, agora que estou envelhecido. DEUS NUNCA NOS ABANDONA.