sábado, 28 de fevereiro de 2015

OS POBRES NO PLANO DE DEUS



TEXTO BÍBLICO: “Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos” (II Coríntios 8:9).

     INTRODUÇÃO: Como Igreja de Cristo, e identificados como crentes presbiterianos, qual tem sido nossa atuação e comportamento para com os pobres? O que a Bíblia nos ensina a respeito deles? Vejamos!

     I – DEUS OS ESCOLHEU: “Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Se, portanto, entrar na vossa sinagoga algum homem com anéis de ouro nos dedos, em trajes de luxo, e entrar também algum pobre andrajoso, e tratardes com deferência o que tem os trajes de luxo e lhe disserdes: Tu, assenta-te aqui em lugar de honra; e disserdes ao pobre: Tu, fica ali em pé ou assenta-te aqui abaixo do estrado dos meus pés, não fizestes distinção entre vós mesmos e não vos tornastes juízes tomados de perversos pensamentos? Ouvi, meu amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que Ele prometeu aos que amam? Entretanto, vós outros menosprezastes o pobre. Não são os ricos que vos oprimem e não são eles que vos arrastam para tribunais? Não são eles os que blasfemam o bom nome que sobre vós foi invocado? Se vós, contudo, observais a lei régia segundo a Escritura: Amarás o teu próximo como a ti mesmo, fazes bem; se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo arguidos pela lei como transgressores. Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos” (Tiago 2:1-10). “Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vangloria na presença de Deus” (I Coríntios 1:26-29).

     II – COMO DEUS OS TRATA: “Eu sou pobre e necessitado, porém o Senhor cuida de mim; tu é o meu amparo e o meu libertador; não te detenhas, ó Deus meu!” (Salmo 40:17). “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos” (Lucas 4:18-19). “Então, olhando Ele para os seus discípulos, disse-lhes: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus” (Lucas 6:20). “Então, Jesus lhes respondeu: Ide e anunciai a João o que vistes e ouvistes: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres, anuncia-se-lhes o evangelho” (Lucas 7:22).

     III – DEUS RECOMPENSA AOS QUE TRATAM BEM AOS POBRES:  “Bem-aventurado o que acode ao necessitado; o Senhor o livra no dia do mal. O Senhor o protege, preserva-lhe a vida e o faz feliz na terra; não o entrega à discrição dos seus inimigos. O Senhor o assiste no leito da enfermidade; na doença, tu lhe afofas a cama” (Salmo 41:1-3). “Antes, ao dares um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás bem-aventurado, pelo fato de não terem eles com que recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos” (Lucas 14:13-14).

     IV – COMO DEVEMOS TRATAR OS POBRES:
a)  Com imparcialidade: “Nem com o pobre serás parcial na sua demanda” (Êxodo 23:3). “Não perverterás o julgamento do teu pobre na sua causa” (Êxodo 23:6).
b)  Com generosidade: “Porém, no sétimo ano, a deixarás descansar [a terra] e não a cultivarás, para que os pobres de teu povo achem o que comer, e do sobejo comam os animais do campo.  Assim farás com a tua vinha e com o teu olival” (Êxodo 23:11).
c)  Indistintamente: “Quando entre ti houver algum pobre de teus irmãos, em alguma das tuas cidades, na tua terra que o Senhor, teu Deus, te dá, não endurecerás o teu coração, nem fecharás as mãos a teu irmão pobre; antes, lhe abrirás de todo a mão e lhe emprestarás o que lhe falta, quanto baste para a sua necessidade. Guarda-te não haja pensamento vil no teu coração, nem digas: Está próximo o sétimo ano, o ano da remissão, de sorte que os teus olhos sejam malignos para com teu irmã pobre, e não lhes dês nada, e ele clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado. Livremente, lhe darás, e não seja maligno o teu coração, quando lhe deres; pois, por isso, te abençoará o Senhor, teu Deus, em toda a tua obra e em tudo o que empreenderes. Pois nunca deixará de haver pobres na terra; por isso, Eu te ordeno: livremente abrirás a mão para o teu irmão, para o necessitado, para o pobre na tua terra” (Deuteronômio 15:7-11).

CONCLUSÃO: “Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também me esforcei por fazer” (Gálatas 2:10). “Porque aprouve à Macedônia e à Acaia levantar uma coleta em benefício dos pobres dentre os santos que vivem em Jerusalém” (Romanos 15:26).


OBSERVAÇÃO: Sermão pregado pelo Reverendo David Falcão no CERTO (Centro Evangélico de Reabilitação e Terapia), pelo seu aniversário, no dia 29 de julho de 2000, às 15 horas, à convite de seu Presidente ISRAEL.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

ANDANDO SOBRE AS ONDAS


TEXTO BÍBLICO: “Logo a seguir, compeliu Jesus os discípulos a embarcar e passar adiante dele para o outro lado, enquanto Ele despedia as multidões. E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, la estava Ele, só. Entretanto, o barco já estava longe, a muitos estádios da terra, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário. Na quarta vigília da noite,foi Jesus ter com eles, andando por sobre o mar. E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados de medo, gritaram. Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou Eu. Não temais! Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas. E Ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus. Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor! E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste? Subindo ambos para o barco, cessou o vento. E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus.” (Mateus 14:22-33).

     INTRODUÇÃO: Neste incidente, temos uma ilustração do andar por fé, e não pela visão ou pela vista. A vida de fé é como andar sobre as águas – impossível à carne! Começa pela fé em Cristo, e a fé tem que ser mantida até o fim.

     I – PEDRO TERIA QUE IR A JESUS: “Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és Tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas” (Mateus 14:28). Este é o único objeto da fé: Jesus! “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21). “Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” Gálatas 2:20). Nosso fim deve ser Cristo: conhecê-Lo, confiar Nele, servi-Lo. Se estivermos certos de que vamos ao seu encontro, podemos pisar fora do barco.

a) A vida de fé não tem outra coisa em que se firmar a não ser Cristo, e por este motivo Pedro teve de sair do barco, que até aquele momento tinha servido para ele se firmar.

b) O que temos de fazer, Cristo já fez: andar sobre as águas. “olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado a destra do trono de Deus” (Hebreus 12:2). Olhemos para Ele.

II – JESUS ORDENA A PEDRO: VEM!: “E Ele disse: Vem!...” (Mateus 14:29a). Ninguém pode andar o caminho da fé sem ser chamado. Só se estivermos obedecendo a Deus é que poderemos andar sobre as ondas instáveis. Quando Ele diz: “Vêm!”, podemos ir.

III – PEDRO AVENTUROU-SE NA OBEDIÊNCIA DA FÉ: “...E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus” (Mateus 14:29b). Era fazer o impossível, mas a fé não conhece impossíveis. Muitos não se aventuram. Este passo de Pedro é esquecido, ao passo que é lembrado a sua negação.

IV – PEDRO OLHOU PARA AS DIFICULDADES: “Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor!” (Mateus 14:30). Talvez ele pensasse que, tendo sido chamado por Cristo, a tempestade cessaria. Mas não é assim que acontece. “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16:33). Cristo nos faz andar pela fé sobre as águas tempestuosas. Aprendemos duas lições no fracasso de Pedro: 1ª) Nunca deixemos de olhar para o Senhor; e,  2ª) Não olhemos para as circunstâncias, mas para Ele. O valor não está na fé, mas em seu objeto: CRISTO! “olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus...” (Hebreus 12:2a).

V – PEDRO CLAMOU AO SENHOR: ‘SALVA-ME!’: Jesus o acudiu. Quem o invocar será salvo. “Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10:13). A fé pode ser pequena, mas a oração fervorosa é atendida. Jesus, às vezes, permite que o crente se vá submergindo para aprender a lição da fé, mas não o deixa perecer. “Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos” (Lucas 22:31-32).

VI – JESUS NÃO FEZ QUE A TEMPESTADE CESSASSE: Mas veio nela, e acima dela, ao encontro dos discípulos. Não tirou as serpentes do deserto, mas deu o remédio. “E do modo porque Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna” (João 3:14-15). “Fez Moisés uma serpente de bronze e a pôs sobre uma haste; sendo alguém mordido por alguma serpente, se olhava para a de bronze, sarava” (Números 21:9). Não tirou o espinho que Paulo tinha na carne, mas lhe deu a Sua graça. “E para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, Ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte” (II Coríntios 12:7-10). Não fez desaparecer os leões da cova em que Daniel foi lançado, mas fechou-lhes as bocas. “O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca aos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; também contra ti, ó rei, não cometi delito algum” (Daniel 6:22). Não apagou o fogo em que Sadraque, Mesaque e Abdênego foram lançados, mas foi visto andando com eles na fornalha, e o fogo não lhes fez mal algum. “Então, o rei Nabucodonosor se espantou, e se levantou depressa, e disse aos seus conselheiros: Não lançamos nós três homens atados dentro do fogo? Responderam ao rei: É verdade, ó rei. Tornou ele e disse: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante a um filho dos deuses. Então, se chegou Nabucodonosor à porta da fornalha sobremaneira acesa, falou e disse: Sadraque, Mesaque e Abdênego, servos do Deus Altíssimo, saí e vinde! Então, Sadraque, Mesaque e Abdênego saíram do meio do fogo. Ajuntaram-se os sátrapas, os prefeitos, os governadores e conselheiros do rei e viram que o fogo não teve poder algum sobre os corpos destes homens; nem foram chamuscados os cabelos da sua cabeça, nem os seus mantos se mudaram, nem cheiro de fogo passara sobre eles” (Daniel 3:24-27).

O RESULTADO FINAL DE TUDO: “E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus.” (Mateus 14:33). Adoraram-No,e O reconheceram como o Filho de Deus.