Páscoa é a festa anual dos hebreus em memória da sua saída do Egito.
Também, é a festa anual dos Cristãos em memória da Ressurreição de Cristo.
Os judeus celebravam a Páscoa
à tarde do dia 14 de Nizam (março do calendário Gregoriano). Para eles, era a
comemoração da Libertação do Cativeiro do Egito e da passagem do Mar Vermelho.
A palavra “PÁSCOA“ vem do
aramaico pascha, em hebraico pasoch. Ambas palavras significam
“passagem”. Como Cristo ressuscitou por época da Páscoa dos judeus, e como a
ressurreição era a passagem da morte para a vida, os Cristãos conservaram essa
denominação para a Festa da Ressurreição de Cristo.
São Paulo considera a
Ressurreição de Cristo como fundamento e pedra angular de todo o monumento
dogmático da Igreja, a ponto de afirmar: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a
nossa pregação e vã a vossa fé” (I Coríntios 15:14). Era obrigatório, aos
judeus, comer, na Páscoa, pão sem fermento e um cordeiro macho, com um ano de
idade, como fora prescrito aos hebreus, na libertação do cativeiro do Egito.
Vejamos o que diz Êxodo 12:1-20: “Disse o
Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito: Este mês vos será o principal dos
meses: será o primeiro mês do ano. Falai a toda a congregação de Israel,
dizendo: Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa
de seus pais, um cordeiro para cada família. Mas se a família for pequena para
um cordeiro, então convidará ele o seu vizinho mais próximo, conforme o número
das almas; conforme o que cada um puder comer, por aí calculareis quantos
bastem para o cordeiro. O cordeiro será
sem defeito, macho de um ano; podereis tomar um cordeiro ou um cabrito; e o
guardareis até ao décimo quarto dia deste mês; e todo o ajuntamento da
congregação de Israel o imolará no crepúsculo da tarde. Tomarão do sangue e o
porão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem,
naquela noite comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e ervas amargas a
comerão. Não comereis dele nada cru, nem cozido em água, porém assado ao fogo:
a cabeça, as pernas e a fressura (vísceras).
Nada deixareis dele até pela manhã; o que, porém, ficar até pela manhã,
queima-lo-eis no fogo. Desta maneira o comereis: lombos cingidos, sandálias nos
pés e cajado na mão; come-lo-eis à pressa: é a páscoa do Senhor. Porque naquela
noite passarei pela terra do Egito, e ferirei na terra do Egito todos os
primogênitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos os
deuses do Egito: Eu sou o Senhor. O sangue vos será por sinal nas casas em que
estiverdes: quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós
praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito. Este dia vos será por
memorial e o celebrareis como solenidade ao Senhor: nas vossas gerações o
celebrareis por estatuto perpétuo. Sete dias comereis pães asmos. Logo ao
primeiro dia tirareis o fermento das vossas casas, pois qualquer que comer
cousa levedada, desde o primeiro dia até ao sétimo dia, essa pessoa será
eliminada de Israel. Ao primeiro dia haverá para vós outros santa assembléia;
também ao sétimo dia tereis santa assembléia; nenhuma obra se fará neles,
exceto o que diz respeito ao comer; somente isso podereis fazer. Guardai, pois,
a festa dos pães asmos, porque nesse mesmo dia tirei vossas hostes da terra do
Egito: portanto guardareis este dia nas vossas gerações por estatuto perpétuo.
Desde o dia catorze do primeiro mês à tarde, comereis pães asmos até a tarde do
dia vinte e um do mesmo mês. Por sete dias não se ache nenhum fermento nas
vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado será eliminado da
congregação de Israel, assim o peregrino como o natural da terra. Nenhuma cousa
levedada comereis; em todas as vossas habitações comereis pães asmos”.
O peixe foi o primeiro símbolo
de identificação entre os Cristãos, quando perseguidos.
O peixe, um dos símbolos mais
antigos do Cristãos, está vinculado às aparições de Jesus, que sempre se liga à
presença do peixe em sua história, após à Ressurreição, e diz respeito ao
próprio Cristo Ressuscitado.
Como exemplos, citamos o texto em João 21:5-13:
“Perguntou-lhes Jesus: Filhos, tendes aí alguma cousa de comer?
Responderam-lhe: Não. Então lhes disse: Lançai a rede à direita do barco, e
achareis. Assim fizeram, e já não podiam puxar a rede, tão grande era a
quantidade de peixes. Aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: É o
Senhor! Simão Pedro, ouvindo que era o Senhor, cingiu-se com sua veste porque
se havia despido, e lançou-se ao mar; mas os outros discípulos vieram no
barquinho puxando a rede com os peixes; porque não estavam distantes da terra,
senão quase duzentos côvados (aproximadamente
100 metros). Ao saltarem em terra viram ali umas brasas e em cima
peixes; e havia também pão. Disse-lhes Jesus: Trazei alguns dos peixes que
acabastes de apanhar. Simão Pedro entrou no barco e arrastou a rede para a
terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, não obstante serem
tantos, a rede não se rompeu”.
Também, o texto em Lucas
24:41-43: “E, por não acreditarem eles ainda, por causa da alegria, e estando
admirados. Jesus lhes disse: Tendes aqui alguma cousa que comer? Então lhe
apresentaram um pedaço de peixe assado [e um favo de mel]”. E Ele comeu na presença deles.
O SIGNIFICADO DO FERMENTO:
“Ora, tendo os discípulos passado para o outro lado, esqueceu-lhes levar pão. E
Jesus lhes disse: Vede, e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus.
Eles, porém, discorriam entre si, dizendo: É porque não trouxemos pão.
Percebendo-o Jesus, disse: Porque discorreis entre vós, homens de pequena fé,
sobre o não terdes pão? Não compreendeis ainda, nem vos lembrais dos cinco pães
para cinco mil homens e de quantos cestos tomastes? Nem dos sete pães para os
quatro mil, e de quantos cestos tomastes? Como não compreendeis que não vos
falei a respeito de pães? E sim: Acautelai-vos do fermento dos fariseus e
saduceus. Então entenderam que não lhes dissera que se acautelassem do fermento
de pães, mas da doutrina dos fariseus e saduceus” (Mateus 16:5-12).
O SIGNIFICADO DOS PÃES
ASMOS: “Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento
leveda a massa toda? Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa,
como sois de fato sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro Pascal, foi
imolado. Por isso celebremos a festa, não com o velho fermento, nem com o
fermento da maldade e da malícia; e, sim, com os asmos da sinceridade e da
verdade” (I Coríntios 5:6-8). “E assim, se alguém está em Cristo, é nova
Criatura: as cousas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (II
Coríntios 5:17).
TODOS PECARAM: “Pois
todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23).
PASSAGEM DA MORTE PARA A
VIDA: “Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e crê
naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da
morte para a vida” (João 5:24).
JESUS, O CORDEIRO PASCAL:
“No dia seguinte, viu João a Jesus que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro
de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29).
A PÁSCOA DO CRISTÃO: A
RESSURREIÇÃO DE JESUS: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e
vã a vossa fé” (I Coríntios 15:14).
CRISTO: OVELHA SEM DEFEITO:
“Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou
os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote
que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, antes foi ele tentado em
todas as cousas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hebreus 4:14-15).